Apesar do sucesso em campo, jornalistas questionam a rotatividade de jogadores e técnicos

O Botafogo conquistou títulos importantes em 2024: o Campeonato Brasileiro e a tão sonhada Libertadores. No entanto, mesmo com as conquistas, o modelo de gestão do clube, comandado por John Textor e a Eagle Football, continua gerando debates. Jornalistas renomados, como Paulo Vinicius Coelho (PVC) e Juca Kfouri, levantaram dúvidas sobre a capacidade do Botafogo de manter esse sucesso de forma sustentável.

Neste artigo, vamos entender melhor as críticas, os pontos levantados pelos comentaristas e as consequências de tantas mudanças no elenco e na comissão técnica.

O Botafogo e o projeto de John Textor

John Textor chegou ao Botafogo em 2022, trazendo a SAF (Sociedade Anônima do Futebol) e o respaldo de seu grupo multiclubes, a Eagle Football. Desde então, o time cresceu em visibilidade e conquistas, mas a cada janela de transferências o elenco passa por grandes mudanças.

Segundo Textor, o modelo de negócios é claro: investir, desenvolver talentos e vender para gerar receita. Mas será que isso é suficiente para manter o Botafogo como um time vencedor todos os anos?

Críticas de PVC: “É difícil manter um time estável”

Um elenco que muda muito

Paulo Vinicius Coelho, comentarista do “UOL”, reconheceu o sucesso do Botafogo em 2024. Porém, ele acredita que a rotatividade de jogadores dificulta a formação de um time estável. Segundo PVC, foram muitos atletas que deixaram o clube em apenas um ano, o que prejudica o trabalho do técnico e o entrosamento da equipe.

Exemplos de saídas importantes:

Essas mudanças constantes exigem que o treinador, seja quem for, adapte o time quase toda semana.

Sete técnicos em um ano e meio

Além dos jogadores, a dança das cadeiras no banco de reservas também preocupa. Em um período de apenas 18 meses, o Botafogo teve sete técnicos diferentes:

  1. Tiago Nunes
  2. Fabio Matias
  3. Artur Jorge
  4. Treinadores interinos
  5. Renato Paiva (atual comandante)

PVC compara essa situação a um estudante que vai para uma prova sem estudar e mesmo assim consegue tirar nota 10. Para ele, o Botafogo pode até ganhar títulos, mas a lógica para o sucesso constante é outra: estabilidade.

O modelo multiclubes

O comentarista também destacou o modelo multiclubes de Textor. A Eagle Football é dona ou sócia de vários times no mundo: Crystal Palace (Inglaterra), Lyon (França) e Molenbeek (Bélgica). Essa rede facilita negócios, como a chegada de Thiago Almada ao Botafogo.

PVC pondera que, embora seja interessante, esse modelo não garante títulos todos os anos. “Esse me parece um caminho longo”, disse o jornalista, destacando que a estratégia pode até funcionar uma vez, mas não dá certeza de resultados constantes.

Juca Kfouri: “O futebol brasileiro não consegue segurar seus talentos”

Igor Jesus vendido para o Nottingham Forest

Outro nome de peso que comentou o assunto foi Juca Kfouri. O jornalista ficou muito chateado com a venda de Igor Jesus para o Nottingham Forest, que deve render ao Botafogo cerca de R$ 130 milhões.

Para Juca, o Igor é um talento que poderia ficar mais tempo no futebol brasileiro e ajudar o time a manter um projeto de longo prazo. Ele compara Igor Jesus a jogadores já mais experientes, como Arthur Cabral, e destaca que o jovem brasileiro está em melhor fase.

A dificuldade de manter os craques no Brasil

Juca também lamenta o fato de o futebol brasileiro continuar exportando jogadores muito jovens, como Vinicius Junior no passado e Estêvão, que recentemente chamou a atenção do técnico Carlo Ancelotti, do Real Madrid.

Ele critica a visão de que vender atletas rapidamente é a única saída para clubes brasileiros. Para ele, existe sim uma disparidade de gestão em relação aos clubes europeus, mas o Brasil tem potencial econômico para segurar seus talentos.

“Poderíamos ter a NBA do futebol. E não temos. Porque temos cartolas incompetentes”, desabafou o jornalista.

As consequências de tantas mudanças

Falta de identidade

Um dos principais problemas de um elenco que muda tanto é a falta de identidade. O torcedor se acostuma com um jogador, mas logo ele vai embora. O mesmo vale para o técnico. Isso faz com que o time perca consistência e os resultados sejam mais difíceis de repetir.

O risco para 2025

Apesar dos títulos em 2024, o Botafogo já vive novos desafios em 2025. A saída de Igor Jesus e a possível saída de outros jogadores, como Cuiabano e Jair, trazem incerteza. O time precisa se reinventar, enquanto outros clubes podem estar mais estáveis.

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