Após eliminação no Mundial, decisão de John Textor de demitir o técnico português divide opiniões e levanta questionamentos sobre a gestão da SAF

A saída de Renato Paiva do comando técnico do Botafogo sacudiu os bastidores do futebol brasileiro. Após a eliminação para o Palmeiras nas oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes, John Textor, dono da SAF do clube, decidiu demitir o treinador. A decisão, tomada de forma rápida e polêmica, gerou reações intensas entre jornalistas, torcedores e até ex-jogadores.

Luisão, ídolo do Benfica e da Seleção Brasileira, não poupou críticas à forma como a SAF tem sido conduzida. Por outro lado, narradores como Jorge Iggor e Bruno Cantarelli trouxeram visões distintas sobre a demissão. 

SAF não garante resultado, alerta Luisão

Ex-zagueiro questiona gestão de Textor

Durante o programa Fala Capita, o ex-zagueiro Luisão foi direto ao comentar a demissão de Paiva. Segundo ele, a decisão impulsiva de John Textor mostra que a SAF, por si só, não é garantia de sucesso.

"A SAF é uma ferramenta poderosa, se tiver pessoas capacitadas em sua gestão. O Renato montou o time, preparou a equipe e tirou o PSG. A eliminação para o Palmeiras não apaga esse trabalho", afirmou.

Luisão ainda criticou o imediatismo da decisão, dizendo que o torcedor e os jogadores ficaram sem resposta.

Jorge Iggor apoia demissão e fala em prejuízo milionário

“72 milhões de motivos para cair”, afirma narrador

Do outro lado da discussão, o narrador Jorge Iggor, da TNT Sports, apoiou a saída de Paiva. Para ele, o treinador não estava à altura do projeto do Botafogo e ainda contribuiu para um prejuízo enorme.

“O Botafogo deixou de ganhar R$ 72 milhões com a eliminação. Em qualquer empresa, um profissional que gera esse prejuízo é mandado embora”, argumentou.

Iggor também criticou a postura de Paiva após a derrota, dizendo que o técnico tentou justificar o desempenho com comparações infelizes com o Palmeiras.

“Decisão bizarra”, dispara Bruno Cantarelli

Narrador vê risco de perder a temporada

Já o narrador Bruno Cantarelli, da Rádio Transamérica e do Charla Podcast, considera a demissão precipitada e perigosa para o restante da temporada.

“Não tem como separar a vitória sobre o PSG do trabalho do Paiva. A estratégia foi dele. Agora o time titular acabou no meio do ano”, afirmou.

Cantarelli ainda criticou a incoerência na contratação e posterior demissão de Paiva, destacando que Textor nunca foi fã do português.

Bastidores da demissão: crise interna e atrasos

Reunião tensa e desgaste com jogadores

Segundo o UOL, a insatisfação de Textor com Paiva já vinha desde maio, após um empate sem gols contra o Flamengo, quando o técnico escalou três volantes.

A gota d’água foi a postura contra o Palmeiras. Textor marcou uma reunião após a derrota, chegou atrasado e deixou os jogadores irritados. Ele ainda ordenou o retorno imediato de diretores que estavam em Nova York para comunicar a demissão pessoalmente.

Paiva ironiza nas redes e recebe apoio de Mascherano

“Deixe-os pensar que sabem”

Após a demissão, Paiva compartilhou um vídeo em que Javier Mascherano, técnico do Inter Miami, o elogia por uma declaração dada antes do jogo contra o Atlético de Madrid.

“Há dois tipos de futebol: o da vida real e o da internet. No da vida real, temos que saber quem somos e contra quem jogamos”, disse Paiva na época.

A frase viralizou e foi vista como uma crítica à expectativa de que o Botafogo jogasse sempre de forma ofensiva, mesmo contra gigantes como o Atlético e o PSG.

Botafogo Way em xeque

Projeto idealizado por Textor precisa de sintonia com o técnico

A demissão também reacende o debate sobre o conceito de “Botafogo Way”, defendido por Textor. O modelo preza por um futebol ofensivo e propositivo, mas para funcionar, precisa estar alinhado com o treinador e o elenco.

Jorge Iggor destacou que a escolha de Paiva não fazia sentido desde o início:

“Ele não combinava com o estilo pretendido. Textor errou na escolha e agora tenta corrigir o rumo”.

Futuro do Botafogo: quem será o novo técnico?

Clube busca perfil que se encaixe no modelo ofensivo

Com a queda de Paiva, o Botafogo agora busca um nome que se encaixe melhor no “Botafogo Way”. Nomes como André Jardine, Roberto Mancini e Vasco Matos chegaram a ser cogitados antes, mas não fecharam com o clube.

O desafio é encontrar alguém que aceite o estilo imposto pela SAF, tenha liderança para lidar com o elenco e consiga bons resultados em curto prazo. A pressão é grande e o tempo, curto.

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