Governador do Rio proíbe 5 torcidas organizadas em estádios e polícia abre inquérito

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), proibiu a entrada de cinco torcidas organizadas em estádios do estado: Raça Rubro-Negra, Jovem Fla, Força Jovem do Vasco, Young Flu e a Fúria Jovem do Botafogo. A decisão faz parte de um plano de ação antiviolência e foi tomada em uma reunião realizada entre integrantes do governo, representantes das polícias Civil e Militar, Tribunal de Justiça, Ministério Público, clubes e federação de futebol.

A partir de agora, os clubes também estão impedidos de vender ingressos para essas torcidas. A decisão veio após o clássico do último domingo entre Flamengo e Vasco, marcado por confusão, insegurança nos arredores do Maracanã e até morte. A proibição já está valendo para os jogos do Campeonato Carioca.

Veja abaixo a punição dada à Fúria Jovem e as demais torcidas.

Uma outra informação é que a Polícia Civil vai investigar possíveis organizações criminosas depois de uma série de relatos de violência praticada por membros dessas torcidas. Se enquadradas como organizações criminosas, as torcidas podem ter punições contra seus membros e dirigentes, como pedidos de prisão e uso de tornozeleira eletrônica.

Fúria Jovem e outras Organizadas punidas

O Governo do Estado do Rio de Janeiro se reuniu com os cartolas dos clubes para discutirem uma medida extrema de torcida única nos clássicos regionais. O Botafogo, por exemplo, logo se colocou contra a ideia:

“Entendemos que torcida única não é a solução. É um problema de segurança pública. Esse movimento de violência vem de uma minoria restrita, que precisa ser punida severamente dentro da lei. Não podemos punir os demais torcedores, que vão aos estádios com amigos e familiares para torcerem por seus clubes. As torcidas do Rio fazem lindas festas e nos setores mistos não colecionamos episódios violentos. O Botafogo é contra a torcida única nos clássicos“, afirmou o clube

 

A Federação de Futebol do Rio de Janeiro não foi contra e nem a favor, e se limitou a criticar a falta de discussão e decisões tomadas na base da “achologia":

“É uma hipótese que precisa ser avaliada com cautela e elementos concretos que permitam assegurar ser solução eficaz para coibir a violência nas ruas, já que nos estádios praticamente inexiste. Vale lembrar que em vários estados a medida já foi testada e não se mostrou útil, tanto que já se pensa em revogar tal conceito. O tema merece uma união de instituições para debater à exaustão em busca do que for preciso para sanear o problema que só traz malefícios e prejuízos sociais, econômicos, laborais e, principalmente, insegurança. Não pode ser uma decisão baseada simplesmente na ‘achologia’ ou efeitos midiáticos momentâneos“, disse a Ferj.

Vasco, Flamengo e Fluminense também foram contra colocação de torcida única. Vale lembrar que a decisão, por ora, está descartada e o que vale é apenas a proibição das 5 torcidas citadas no início deste conteúdo.

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