Botafogo é líder do Campeonato Brasileiro e tem cinco pontos de vantagem para o Palmeiras

Líder do Campeonato Brasileiro, o Botafogo de Luis Castro tem cinco pontos de vantagem para o segundo colocado Palmeiras, que inclusive é o próximo adversário do Glorioso. O técnico alvinegro prefere manter os pés no chão, mas se diz orgulhoso.

Em entrevista à Rádio Globo, Castro fez um balanço da campanha alvinegro no Brasileirão e exaltou seus jogadores. 

Coletiva Luis Castro - Rádio Globo

Confira trechos da entrevista com Luis Castro na Rádio Globo.

Campanha do Botafogo de Luis Castro

Os problemas que tenho de lesões e de não ter jogadores meus colegas treinadores também têm. O número de jogos que tenho eles também têm. Estamos em igualdade. Tem sido o nosso trajeto. Olho para as derrotas, as duas que temos, e não as gostaria de ter tido. Olho para as vitórias como grande trabalho desenvolvido pelos jogadores, que são a razão de tudo. São eles que fazem a minha carreira, sou muito agradecido a eles. Defendem a instituição e o treinador até seus limites. São os responsáveis pelos resultados positivos. Acho que tem sido uma boa campanha, embora ache que poderíamos não ter perdido para Goiás e Athletico-PR, poderíamos ter feito melhor. Mas somos seres humanos, temos direito de não ir tão bem aqui e ali. Poderíamos ter resultados diferentes nesses jogos, uma pena. Os que ganhamos foi com um padrão, transversão, ambição, a forma como a equipe se entrega. Isso tem sido motivo de orgulho. O Campeonato Brasileiro é de dificuldade extrema, não há um jogo que transmita sentimento de paz. Temos jogado só com dois dias de intervalo, somos a equipe que mais tem esse número. Contra o Palmeiras eles jogam quarta, nós na quinta. Tem sido assim, mas temos nos dado bem, aguentado o impacto. É um campeonato muito difícil, com diversidade de dinâmicas de jogos, as equipes se diferem muito. Temos que dar respostas muito fortes às estratégias dos adversários e contar com jogadores inteligentes.

Veja mais declarações de Luis Castro após a Publicidade.

Rodagem do elenco

Eles sabem que há condições para jogarem se estiverem prontos para jogar. Têm capacidade para perceber qual a equipe vai jogar e em qual momento podem entrar. Não são palavras, é prática, tenho demonstrado. É uma mais-valia da equipe, tem percebido que tem que estar preparada para dar resposta positiva a tudo que vai acontecer no campeonato. É dessa forma que estamos no futebol. Parece que ninguém aceita o dia a dia, não vivem o dia a dia, estão ávidos pelo amanhã, por ganhar, para ser primeiro. Hoje não podemos jogar o jogo de outro dia. Quando vamos jogar um jogo temos que desfrutar sem pensar nos jogos seguintes. Se ganha, tem que ficar feliz naquele dia. Meus jogadores têm passado isso, têm a consciência que não podemos viver mais de um dia de cada vez, que em um chute não podemos fazer dois gols. São consciências da realidade, todos têm que estar preparados para jogar e vão estar. Sai um, entra outro. Uma das grandes lições da pandemia foi que estava a preparar um jogo de manhã, à tarde dois estavam infectados. Houve um jogo com o Real Madrid em que perdemos um antes de ir para o aeroporto, o Alan Patrick no aeroporto e mais um em Madrid. Foram lições de vida. Não joga um, joga outro. Está tudo sempre tudo bem. A verdade é uma, temos que ir com os que estão, esquecer os que não estão. Essa é a minha mentalidade. 

Meritocracia

Sou mesmo o responsável por eles, sou um líder, assumo as responsabilidades e os resultados. Vou defendê-los sempre porque os vejo trabalhar. Muitas vezes questionam por que joga um e não o outro? Porque entra quem trabalhou melhor. Não tenho que ir atrás, eles sabem que é assim. O sentimento é meritocracia, não há outro caminho. Se colocar jogadores que não estão tão preparados como outros, o que sou enquanto líder? Uma coisa é eu estar errado na minha análise, outro é ver e ir pelo caminho errado. Nunca vou entender como dentro de uma empresa um vende mais que o outro e o outro é mais premiado. A sociedade permite isso, eu não. Acho que a sociedade está enferma por causa disso, olha para uma pessoa que deu algo no passado e não pode mais dar, e a mantém nos cargos das empresas e nos cargos políticos. Sou contra isso. Para mim, é qualidade e performance no trabalho.

Evolução do time

Tivemos um segundo turno bom ano passado, com a pontuação chegaríamos à Libertadores. Era dado claro do crescimento da equipe, que foi apagado por um mau Estadual. Aquilo que tinha sido o crescimento não se vai. Não é um mau Estadual que vai apagar o que tínhamos construído. Quando juntamos todos, mostramos que tínhamos capacidade e que o crescimento havia sido real. O meio-campo vai ser sempre o motor da equipe, o coração, jogadores que chegam à área, aos corredores laterais, à defesa, ao ataque, percorrem muitos quilômetros e têm que ter qualidade. Olho o o meio como a alma da equipe, todos estão identificados com a ideia defensiva e ofensiva. São todos jogadores que têm essa capacidade, isso me deixa muito feliz, retrata bem a ambição que têm em jogar. Duas coisas que me surpreenderam no Brasil foram falar este é primeiro volante, este é segundo, este é 10, gosto que meus jogadores façam várias tarefas em campo. Um jogador tecnicamente bom pode fazer o que for pedido, tendo saúde mental e física. Estão prontos, vamos ao jogo. A forma como se desmontou uma ideia conservadora é que hoje são mais versáteis e prontos para se adaptar. Foi uma das mais-valias. 

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