Luiz Henrique foi um dos grandes nomes da histórica temporada do Botafogo em 2024. Campeão brasileiro, campeão da Libertadores, eleito Rei da América e destaque da Seleção Brasileira, o atacante marcou época com a camisa alvinegra. Agora no Zenit, da Rússia, o jogador voltou a falar com carinho sobre o clube carioca e emocionou os torcedores ao contar detalhes de bastidores e reforçar sua conexão com o Fogão.

Em entrevista ao podcast “Podpah”, nesta quinta-feira (12), Luiz Henrique revelou curiosidades da sua chegada ao Botafogo, falou sobre o carinho da torcida, contou bastidores da negociação com John Textor e até admitiu que gostaria de ter ficado no clube. O jogador também brincou sobre uma possível volta ao time no futuro.

A paixão inesperada pelo Botafogo

“Parecia que eu saí da base”

Luiz Henrique começou a entrevista explicando por que sua ligação com o Botafogo parece tão natural. Mesmo revelado pelo Fluminense, o atacante contou que o carinho da torcida alvinegra o fez sentir como se fosse um cria de General Severiano.

– “Eu ganhei um carinho enorme pelo Botafogo. Desde que cheguei, o carinho foi surreal. Tá maluco, parecia que eu saí da base!”, disse Luiz Henrique.

Segundo ele, a reação intensa de torcedores tricolores gerou certo incômodo. Mas deixou claro que seu afeto pelo Glorioso surgiu de forma genuína.

– “Meu pai era tricolor doente, muito doente. Eu sou tricolor por causa do meu pai. Mas torcedor você sabe como é... Sempre quer falar do jeito deles.”

Reconhecimento da torcida e emoção no Nilton Santos

Bandeirão e volta olímpica

Luiz Henrique revelou que só começou a entender o tamanho da sua importância no Botafogo após um jogo no Nilton Santos. Durante a última partida contra o Ceará, o atacante foi homenageado com bandeirão, faixa personalizada e volta olímpica no gramado.

– “A ficha caiu ali um pouco... Quando eu vi aquele bandeirão, a torcida me aplaudindo, foi doideira. Fizeram uma plaquinha, pediram para eu dar a volta no campo… Eu fiquei emocionado”, contou.

Ele também admitiu que ainda não entende completamente o impacto que teve na história do clube.

– “Muita gente fala que a ficha vai cair quando eu parar e ver meu nome na história. Ainda não tenho essa noção.”

A saída do Botafogo e o desejo de ficar

“Ô John Textor, tu brincou!”

Apesar de todo o carinho e sucesso, Luiz Henrique deixou o clube no início de 2025, vendido ao Zenit, da Rússia. Segundo ele, a vontade era de continuar, mas o negócio foi inevitável.

– “Tentei ficar ainda, mas... Foi foda. O Textor não quis soltar a maleta! Eu queria ficar, pai, mas o John não colaborou...”, disse, em tom bem-humorado.

Mesmo com o novo desafio na Europa, o jogador deixou a porta aberta para um possível retorno ao Glorioso.

– “Quando vejo o time se reforçando, indo bem, eu indo aos jogos… Dá vontade de voltar! Se o Textor estiver com o pataco, a gente volta!” (risos)

Zenit: um novo desafio na carreira

“Fui pra ser o cara do time”

Luiz Henrique também destacou que está feliz no Zenit. O clube russo o acompanhava desde os tempos de Betis, na Espanha, e apostou alto em sua contratação.

– “O clube me queria muito. Fui pra lá pra ser o cara do time. Em seis meses, fui excelente, meus números são muito acima.”

Apesar disso, o brilho nos olhos ao falar do Botafogo mostra que a chama da paixão ainda está acesa.

A chegada surpreendente de Textor

“Tomou café e comeu bolo de cenoura na minha casa”

Um dos momentos mais curiosos da entrevista foi quando Luiz Henrique revelou como John Textor o convenceu a jogar no Botafogo. Na ocasião, o atacante estava em negociação com o Flamengo, que queria contratá-lo por empréstimo. Mas o empresário norte-americano chegou de surpresa e mudou tudo.

– “O Flamengo tinha ido lá em casa, conversou… Mas o Betis só queria venda. Aí, dois minutos depois que o Flamengo foi embora, o Textor aparece. De surpresa! Ele tomou café, comeu bolo de cenoura… Super gente boa!”, contou.

– “Ele disse que queria me levar para ser a contratação mais cara do Brasil. Mostrou que queria muito. Saí da reunião e já falei: ‘Vou para o Botafogo’.”

Estatísticas que marcam história

Luiz Henrique deixou sua marca no Botafogo. Foram 55 partidas, 12 gols, assistências decisivas, golaços e atuações memoráveis na campanha do título da Libertadores e do Brasileirão de 2024. O atacante ainda foi eleito o melhor jogador da América, superando nomes consagrados.

Seu desempenho também o levou à Seleção Brasileira, onde começou a ganhar espaço em convocações importantes.

Uma relação de amor com a torcida

Mais do que títulos, uma conexão verdadeira

Além dos títulos, o que marcou a passagem de Luiz Henrique foi a relação construída com a torcida do Botafogo. A reciprocidade do carinho é nítida. Nas redes sociais, ele continua curtindo publicações do clube e interagindo com torcedores.

Em um tempo onde muitos jogadores tratam clubes como apenas parte da carreira, Luiz Henrique mostrou que ainda há espaço para paixão verdadeira no futebol.

Luiz Henrique pode voltar?

O que esperar do futuro

A declaração de que gostaria de voltar deixou os torcedores esperançosos. Embora hoje esteja feliz no Zenit, o jogador deixou claro que seu coração ficou no Rio de Janeiro.

– “Vamos ver se eu volto. Se tiver oportunidade, quem sabe? A vontade dá.”

Com o time do Botafogo forte, estruturado e brigando por títulos, não seria surpresa ver Luiz Henrique de volta nos próximos anos para mais uma página gloriosa com a camisa alvinegra.

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