Sem Artur, técnico aposta em Allan e vê empate com o Flamengo como justo, destacando a atuação tática e a força da torcida alvinegra.

O clássico entre Botafogo e Flamengo, neste domingo (18/5), terminou empatado em 0 a 0 no Maracanã. Mas o placar zerado não refletiu a intensidade da partida. Mesmo sem Artur, destaque da vitória sobre o Estudiantes, o Botafogo foi valente. Renato Paiva precisou repensar toda a estratégia, e promoveu a entrada de Allan

O desafio de substituir Artur

Quem é Artur e por que sua ausência foi sentida?

Artur vinha sendo um dos destaques do Botafogo. Contra o Estudiantes, foi eleito o melhor em campo. Mas, com dores na coxa, ficou de fora do clássico contra o Flamengo. Para Renato Paiva, isso representou mais que a perda de um titular. Foi a perda de um jogador com características únicas.

A escolha por Allan

Renato Paiva optou por uma mudança tática: colocar mais um volante. E o escolhido foi Allan. Um jogador experiente, com passagens importantes na carreira e conhecido por sua inteligência tática. Segundo o técnico, ele "pisa o campo como ninguém".

“Ele cumpriu à risca o que eu pedi, fez uma exibição extraordinária”, afirmou Paiva.

Estratégia tática: como o Botafogo neutralizou o Flamengo

Primeiro tempo de estudo e adaptação

No início do jogo, o Flamengo teve mais posse de bola. O Botafogo foi obrigado a recuar, principalmente pelas jogadas pelo lado esquerdo com Alex Sandro. No entanto, o Glorioso resistiu bem e começou a ajustar o posicionamento.

Pressão na saída de bola

Renato Paiva explicou que a equipe tentou pressionar alto sempre que a bola estava com o goleiro Rossi. A ideia era forçar o Flamengo a dar chutões, o que fugia do estilo habitual dos rubro-negros. E funcionou.

“Acho que obrigamos o Flamengo a bater mais bolas longas do que é normal”, explicou o treinador.

Allan: o maestro improvável no Maracanã

Função diferente em campo

Ao contrário de Artur, que atua mais avançado, Allan jogou de frente para o jogo, como está acostumado. Isso permitiu ao Botafogo escapar da pressão flamenguista com mais tranquilidade.

“Ele foi um desbloqueador de jogo”, disse Paiva, elogiando a capacidade de Allan em encontrar espaços.

Experiência que fez diferença

Mesmo com idade avançada, Allan aguentou os 90 minutos em ótimo nível. Foi peça-chave na transição da defesa para o ataque e ajudou o time a manter a posse de bola nos momentos mais tensos.

Botafogo teve a melhor chance do jogo

Chute perigoso de Marlon Freitas

No segundo tempo, o Botafogo teve a melhor chance da partida. Marlon Freitas chutou forte e obrigou Rossi a fazer uma grande defesa. Para Renato Paiva, essa jogada poderia ter mudado o resultado.

“A melhor oportunidade é nossa. Podíamos ter feito o gol aí”, analisou.

Controle no segundo tempo

Com mais controle no meio-campo, o Botafogo conseguiu equilibrar o jogo. Apesar das poucas finalizações, sempre que chegava à área adversária criava perigo.

“Chegamos poucas vezes, mas com qualidade”, ressaltou o técnico.

Atuação da torcida: um show à parte

Alvinegros fizeram barulho no Maracanã

Mesmo com apenas 3 mil torcedores presentes, a torcida do Botafogo se destacou. Em vários momentos, calaram os mais de 50 mil flamenguistas.

“A coragem, o arrojo, a paixão… Jogar para eles é fantástico”, declarou emocionado o técnico.

Energia vinda das arquibancadas

Paiva destacou como a energia da torcida ajuda o time, principalmente em momentos difíceis. Seja no Maracanã ou no Nilton Santos, os alvinegros têm sido um apoio constante.

Empate justo, mas com sabor de vitória para o Botafogo

Reconhecimento do adversário

O Flamengo é um dos times mais fortes do Brasil. Empatar com eles, fora de casa, é motivo de orgulho. Ainda mais quando o time se reinventa sem um de seus principais jogadores.

Missão cumprida na visão do técnico

Para Renato Paiva, o Botafogo fez o que precisava: foi competitivo, soube se adaptar e mostrou personalidade.

“Representaram dignamente o campeão da Série A do Brasil”, concluiu.

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