O técnico Artur Jorge, que entrou para a história do Botafogo ao conquistar o Campeonato Brasileiro e a Libertadores em 2024, foi homenageado nesta terça-feira (10/6). Ele recebeu a Medalha Tiradentes, a maior honraria da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), pelas mãos do deputado Vitor Junior (PDT). A homenagem reconhece a contribuição de Artur Jorge ao futebol brasileiro e o impacto positivo de seu trabalho na comunidade esportiva.
Durante o evento, Artur Jorge falou sobre como blindou o time contra ataques externos, as dificuldades enfrentadas e suas memórias especiais de 2024. Além disso, ele abriu o coração para contar por que deixou o clube e o carinho que sente pelo Botafogo e sua torcida.
A seguir, veja os principais pontos dessa história inspiradora que marcou o futebol brasileiro e o Botafogo.
Artur Jorge e a Medalha Tiradentes
Reconhecimento por um ano histórico
O deputado estadual Vitor Junior explicou a homenagem:
“Um reconhecimento por sua significativa contribuição para o esporte e, especialmente, para o futebol brasileiro. Ele é uma inspiração para as futuras gerações.”
Artur Jorge agradeceu emocionado e ressaltou o carinho que tem pelo Botafogo e pela torcida alvinegra. Para ele, essa medalha simboliza o esforço coletivo de todos os envolvidos no clube.
“Viramos um rolo compressor”: a blindagem do elenco
Ataques externos e a força do grupo
Durante entrevista ao podcast “Conta & Manda”, Artur Jorge comentou sobre a pressão que o Botafogo sofreu em 2024. Ele revelou que precisou agir como um verdadeiro líder para proteger seus jogadores.
“Sentimos que em muitos momentos procuraram desestabilizar a equipe. Porque o Botafogo virou um rolo compressor. Era necessário cortar isso e defender nossos jogadores até o fim.”
Artur destacou que parte da imprensa tentou relembrar o fatídico 2023, mas ele manteve o foco em blindar o grupo para conquistar os títulos.
Momentos especiais de 2024
O treinador português compartilhou lembranças marcantes do ano vitorioso:
- Gol de Júnior Santos na final da Libertadores: “Isso me arrepia até hoje.”
- Gol de Gregore contra o São Paulo: “Foi um momento de propósito.”
- Tiquinho Soares contra o Palmeiras: “Tinha que ser ele.”
- Adryelson expulso e depois marcando gol: “Um ano de redenção.”
Segundo Artur Jorge, esses momentos mostram como o grupo acreditava que algo maior estava sempre por trás dos desafios.
Copa do Brasil: a frustração de 2024
Apesar do sucesso no Brasileiro e na Libertadores, Artur lamentou não ter conquistado a Copa do Brasil. Ele relembrou a polêmica expulsão de Gregore contra o Bahia e disse que essa eliminação deixou um gosto amargo.
“Eu também queria ganhar essa copa. Saímos injustamente dessa competição.”
Saída do Botafogo: tema delicado para Artur Jorge
Mais valorização e um novo caminho
Artur Jorge falou abertamente sobre sua saída no fim de 2024. Para ele, foi um momento delicado, mas necessário.
“Houve um casamento perfeito: dois títulos em três possíveis. Mas era preciso valorização. Não falo só de dinheiro, mas de reconhecimento.”
Ele explicou que o clube focou mais na possibilidade de sua saída do que em sua continuidade. Isso o deixou insatisfeito, mesmo tendo um enorme carinho pelo Botafogo.
Perda de jogadores e desafios de continuidade
Perguntado sobre a saída de atletas importantes, Artur Jorge mostrou maturidade:
“Não posso ficar preso a isso. O mercado faz parte do futebol. Mas acho que faltou discutir melhor como manter o trabalho de alto nível.”
Segundo ele, clubes que valorizam seus ativos conseguem manter um projeto vencedor. Para Artur Jorge, essa consistência faz toda a diferença.
Planos no Al-Rayyan e futuro dos jogadores do Botafogo
Interesse em Gregore e outros atletas
Desde que assumiu o Al-Rayyan, no Catar, surgiram boatos sobre um possível interesse em levar jogadores do Botafogo. Artur Jorge deixou claro:
“Para já, não estou a levar ninguém. Mas queria levar todos os Gregores do Botafogo, porque gosto muito dessa equipe.”
Ele explicou que, no Catar, a escolha de reforços é cuidadosa, já que há limite de estrangeiros. Mesmo assim, admitiu que tem vontade de trabalhar com alguns botafoguenses novamente.
Super Mundial de Clubes: as chances do Botafogo
Grupo complicado e otimismo
O Botafogo vai disputar o primeiro Super Mundial de Clubes da FIFA, nos Estados Unidos. Apesar de não estar mais no comando, Artur Jorge deu seu palpite:
“O grupo do Botafogo é difícil, mas vejo chance de passar junto com o Atlético de Madrid. O PSG pode não estar tão mobilizado.”
Ele lembrou que, enquanto os times brasileiros estão em curva ascendente, os europeus encerraram suas temporadas. Isso pode dar vantagem aos brasileiros, segundo Artur Jorge.
Brasileiros na disputa
Artur Jorge também falou sobre as chances de outros brasileiros:
-
Palmeiras e Flamengo: “Têm condições de avançar.”
-
Fluminense: “Depende do que apresentar em campo.”
Ele mostrou confiança na força dos clubes do Brasil, mas destacou que cada detalhe faz a diferença em um torneio tão disputado.
A gratidão de Artur Jorge pelo Botafogo
Mesmo após sua saída, Artur Jorge demonstrou todo seu carinho pelo Glorioso:
“Eu adoro o Botafogo. Foi onde ganhei e criei laços afetivos. Adoro a torcida e as pessoas.”
Ele reforçou que, embora esteja em outro projeto, sempre vai guardar o Botafogo no coração.
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