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Fair Play Financeiro: Botafogo no centro das discussões e opiniões divergentes
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Fair Play Financeiro: Botafogo no centro das discussões e opiniões divergentes

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Clubes, comentaristas e jornalistas debatem os limites dos investimentos no futebol brasileiro

autorPor Thiago Guedes
Data Publicação:06/09/2024
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O futebol brasileiro está em ebulição. A goleada sofrida pelo Flamengo para o Botafogo e os altos investimentos realizados pelo Alvinegro reacenderam o debate sobre o fair play financeiro. Comentaristas, jornalistas e dirigentes divergem sobre a necessidade e os limites da regulamentação dos gastos dos clubes.

Opiniões de Jornalistas e Comentaristas sobre Fair Play Financeiro

Fábio Sormani:

Essa é a reclamação do Flamengo. Azar do Flamengo, não tem que reclamar de nada. A empresa Eagle, do John Textor, comprou o Botafogo, tem Lyon etc, vai movimentando dinheiro lá dentro. O que precisa saber é se o dinheiro é limpo, só isso. Se for, se está pagando imposto, tem procedência, vai chorar na cama que é lugar quente.

O Flamengo que trate de virar SAF. Se o Botafogo arrecada esse dinheiro sendo SAF, imagina o potencial do Flamengo e do Corinthians. Não tem que ter trava para time de futebol do Brasil, porque é o único jeito que temos de competir com o futebol europeu. Não quero que o Brasil copie esse negócio de fair play financeiro, só quero saber a origem. O dinheiro está sendo lavado, cana. O dinheiro é lícito, toca o pau, vamos bater de frente com esses caras. Se puser trava, vamos continuar sendo serviçais dos europeus

Leandro Quesada:

Acho que é uma bravata muito grande no futebol brasileiro o fair play financeiro. Ou cria regra que todo mundo se adequa ou não vamos ficar com essa hipocrisia. Quando o Flamengo recebe dinheiro de tudo quanto é lado, lícito, Palmeiras idem, Corinthians, ninguém reclama. Aí aparece o Botafogo com um cara que tem dinheiro, investe, faz um timaço, elenco com dois ou três jogadores por posição. Se o dinheiro é lícito, está pagando imposto direitinho, está valendo. Vai chorar na cama que é lugar quente.

A discussão sobre o fair play financeiro não é nova no Brasil. O apresentador do "Seleção SporTV" defende um controle maior sobre a origem do dinheiro investido nos clubes, sem afastar potenciais investidores como John Textor:

Tem uma pegadinha muito difícil de ser controlada. Por exemplo, o [Rodrigo] Coutinho monta um time, e eu coloco um patrocínio de R$ 1 bilhão. Eu pago quanto eu quiser. O Coutinho vai dizer que tem patrocínio de R$ 1 bilhão, então pode gastar R$ 900 milhões em contratações. Quem vai dizer se é muito ou pouco? O governo do Qatar compra o PSG, põe na camisa Qatar Airways e fala: “O dinheiro é do patrocínio”. É muito difícil de fiscalizar isso. O futebol tem que ficar atento que dinheiro estranho ao futebol não comece a entrar nos clubes, que os clubes vivam do dinheiro do futebol. Acho isso muito importante. Mas é uma questão difícil de ser fiscalizada. Se tem um lado que é extremamente importante, que você fique atento que dinheiro estranho ao futebol comece a entrar nos clubes porque você pode causar um desequilíbrio, você não pode afastar que investidores queiram comprar clubes e queiram transformá-los, mudá-los de patamar.

O que é muito simples é o seguinte: o Corinthians tira o Raniele do Cuiabá, não paga, o Cuiabá perde o jogador, não recebe e está disputando o rebaixamento com o Corinthians. Aí o Corinthians vai lá e quer trazer o Depay. Acho que tem que haver um controle. O primeiro ponto do fair play é o calote (...) É uma questão complexa, não é bem contra o mal. Essa discussão nasce quando bilionários russos começam a lavar dinheiro no futebol, aconteceu com o Corinthians (em 2005 e 2006). Você não tinha a origem do dinheiro. Tráfico de drogas? Negócios ilícitos? É uma questão complexa, tem vários lados, e tudo que não precisamos nessa discussão é clubismo. Que a CBF e os clubes ouçam os especialistas e estudem o melhor modelo a seguir, e que não seja uma discussão de bem versus mal, ou de o Botafogo, por estar ganhando, aí vamos tirar o dinheiro dele.

O caso do Botafogo, que investiu alto em seu elenco, gerou críticas de rivais como Flamengo e São Paulo. O jornalista Rodrigo Mattos discorda de John Textor e critica os altos investimentos do Alvinegro. Rodrigo Mattos falou sobre sobre a regra do fair play financeiro na Europa:

Textor fala que o Botafogo está adaptado ao fair play financeiro europeu, o que não é verdade. Primeiro, que a questão do fair play financeiro não está sendo discutida agora por causa do Botafogo. Eu lembro de fazer minha primeira matéria sobre isso em 2008, na “Folha de S. Paulo”. É uma discussão de 15 anos. Ela continua a existir porque a CBF, e os clubes nesse caso têm responsabilidade, não faz nada. Já teve milhões de projetos de fair play que iam avançando, primeiro com Rogério Caboclo, ex-presidente da CBF, e aí os clubes resistiam, clubes que não pagavam as contas e usavam essa alavancagem e doping financeiro constantemente, ou seja, gastavam mais do que poderiam. Eles resistiam, e a CBF recuava. Tem um projeto do Cesar Grafietti feito para a CBF, contratado pela CBF, que a CBF engavetou. Esse projeto é muito bom, é similar ao europeu, inclusive com avanços, porque ele pegou a legislação europeia e avançou. Mas botaram na gaveta e esqueceram o assunto, então isso não é por causa do Botafogo, já existe essa discussão há 15 anos. O que é o fair play europeu, que não é perfeito? Ele pressupõe que você vai investir e pode gastar dinheiro que você gera com o próprio futebol. Qual o objetivo disso? Não chegar um xeique árabe, como está acontecendo na Europa, e por isso eu digo que tem problemas lá também, e gastar um dinheiro infinito e desequilibrar completamente a liga com um dinheiro que não é gerado pelo próprio futebol. E é o que o Botafogo está fazendo. O Textor gastou esse ano, o Botafogo, entre R$ 360 milhões e R$ 390 milhões em contratações. A receita recorrente do ano passado foi R$ 390 milhões. Ou seja, ele gastou em contratações o dinheiro praticamente inteiro que ele recebeu. Aí, o Textor fala que estaria adaptado ao fair play da Europa, não é verdade. O fair play europeu que está entrando agora diz o seguinte: você tem que ter um limite de gasto em termos da sua receita. E ao contrário do que diz o Textor, não é só sobre salário. A nova regra fala de salário de jogador, de técnico, transferências e comissões de atletas.

Rodrigo Mattos falou sobre o limite de investimentos de John Textor e sugere um limite para os investimentos de Textor em seu terceiro ano à frente do Botafogo.

Qual a restrição? Essa temporada europeia que entra será de 90% da receita, no ano seguinte 80% e na sequência 70%. Ou seja, você pode gastar com tudo do futebol 70% da sua receita, o Botafogo gastou 90% ou 100% só em transferência de jogador, você acha que ele estaria adaptado ao fair play europeu? É óbvio que não. O que Textor está usando de subterfúgio é dizer que em salário gasta 45%, mas ele gasta em transferência de jogador muito mais. O Botafogo teve déficit nos últimos anos de R$ 250 milhões e no seguinte R$ 260 milhões ou R$ 100 milhões, dependendo da conta. Ele não estaria de nenhum jeito adaptado a nenhum tipo de fair play financeiro, só o que o Textor quer fazer pra ele, que é só limitar a salário e não a transferência de jogador. Então, temos um problema muito sério no Brasil. Vai ter uma liga muito desbalanceada se você permitir gasto infinito sem ter geração de receita daqueles clubes. Porque clubes como Flamengo, Palmeiras, São Paulo, têm que gastar de acordo com o que geram, porque não têm um investidor interno. Têm que gastar de acordo com o que geram no futebol dele. 
– O fair play tem que ter isso e outra coisa é punir clubes que não pagarem dívidas, não pagarem contratações. Senão vão fazer como o Corinthians, se livram da Série B e um Cuiabá é rebaixado porque estava pagando em contas. Tem duas coisas, não pode deixar dinheiro de fora do futebol interferir nas contratações, no caso do Textor é porque tem grupo de clubes. E também não permitir que comprem sem pagar. Essa regra tem projeto na gaveta da CBF, não precisa discutir muito, é só pegar o projeto da Grafietti e aplicar (...) Na construção do modelo de SAF faz sentido investimento inicial forte. Já é o terceiro ano, botando R$ 300 milhões. Não está construindo base, está botando dinheiro para ser campeão. Ele já chegou na disputa da Série A, está colocando dinheiro a mais que as possibilidades dele para ficar acima. É diferente de fazer a SAF, pagar dívidas. Tem um modelo inicial, precisamos investir para ajustar dívidas e ter elenco base. Dentro da lei, tem que ter abertura para isso, os dois primeiros anos com direito a investimento acima. Se colocar para três, quatro anos, não é mais isso. Não quer se estruturar, quer competir acima do que a torcida dele permite. Não é para colocar dinheiro infinito para competir com quem está lá na frente, cada clube tem que ser do tamanho da sua torcida. Ninguém quer que Botafogo, Vasco, Cruzeiro acabem, o objetivo é salvá-los. E que dentro do modelo orgânico se estruturem, paguem suas contas, subam receitas. Ele tinha possibilidade de ter time melhor que antes, mas colocou dinheiro que não se encaixa de nenhuma forma dentro do orçamento dele. É algo que deveria ter regulação.

Opinião de Breiller Pires

O comentarista Breiller Pires defende que a discussão sobre fair play financeiro não deve se limitar aos investimentos, mas também à distribuição mais justa de receita nas competições nacionais.

Não pode ser fair play financeiro só até a página 2, como na Europa. Há limitação de gastos proporcional com a receita, mas não se mira igualdade esportiva e isonomia. Lá sempre faltou atacar a igualdade de competições, nunca foi posto. A desigualdade financeira é gigante. Sempre vai existir desigualdade, mas a receita do campeonato não pode ser tão desigual. Precisamos falar em redistribuição mais igualitária dos direitos de TV. É o justo. O campeonato gera dinheiro porque tem todas as equipes. Receita que o clube consegue sua própria força, como com patrocínio, os mais populares vão ter mais, mas receita do campeonato não poderia ser tão desigual. Textor fala algumas verdades. Uma delas é questionar o fair play do futebol europeu. Quando você associa um investimento à receita que o clube gera sem ser de forma artificial, isso limita o dinheiro novo no futebol, como clubes árabes ou o próprio John Textos. Esse dinheiro passa a ser limitado e faz clubes médios e pequenos serem sempre médios e pequenos, sem possibilidade de mudar de patamar. Não vejo no futebol brasileiro donos e dirigentes interessados em fair play financeiro justo para todos, estão interessados em vantagem financeira para seus próprios clubes. Aí ficamos girando em círculos. Igualdade 100% nunca vai existir, mas o que não pode é um clube ter uma receita de televisão 20 vezes maior que o outro, sem nenhuma limitação em discussão.

Já Eugênio Leal considera que a discussão tem sido marcada pelo clubismo.

É fundamental que se discuta fair play financeiro, mas não podemos discutir só porque um time está com ciúme do outro. Quando eu tenho muito dinheiro e estou investindo, está tudo bem. Chega outro com mais dinheiro, eu reclamo. Não pode ser assim. Tem que ser projeto, quais são as bases, onde quero chegar, buscar mais equilíbrio, sustentabilidade para todos, um mercado mais saudável ou eu quero só ganhar do outro?

"Troca de Passes" também discute o tema

O programa "Troca de Passes" abordou o tema de forma ampla, com opiniões divergentes. Carlos Eduardo Mansur é a favor do fair play financeiro, mas concorda com parte das declarações de John Textor. Felipe Diniz aprova a forma de investimento de Textor e critica clubes que não honram seus compromissos.

Mansur: "O assunto vem sendo tratado por vezes de forma um tanto simplista, é muito complexo, tem muitos pontos envolvidos. Acho injusto se criar narrativa no futebol brasileiro de que é preciso discutir fair play financeira por causa do Botafogo, como se o Botafogo estivesse fazendo algo fora da regra. As regras hoje permitem tudo que John Textor está fazendo. Ao vir para cá ele certamente observou o ordenamento jurídico do futebol brasileiro, fez os investimentos. Tem razão quando fala na entrevista que o Brasil criou a lei da SAF, ele entendeu a lei, e o contrato com a associação o obrigava a investir. Tinha parâmetros de investimento que precisava cumprir. Acho um equívoco e uma simplificação um pouco rasteira de entender fair play como o quanto se pode investir a partir de percentual de sua receitas. É uma série de ações de governança. Tem vários desenhos de fair play financeiro no mundo, como de limite de gastos a partir das suas receitas, limites máximos de perdas, limites máximos que o dono pode investir das suas empresas além do que o clube tem, e isso vai permitindo gradativamente ao clube ampliar suas receitas e ter crescimento sustentável. Não é verdade que fair play financeiro serve para manter um clube onde está, para manter o status quo. A origem é que tenha mecanismo de sustentabilidade de clubes. O ponto que discordo do John Textor é quando de certa forma desdenha de que é proteção a clubes. O conceito de proteção está dentro das regras, para clubes não serem plataforma para lavagem de dinheiro, origem ilegal, o que claramente não é o caso do Botafogo e do John Textor. Que o clube não seja extremamente dependente de uma pessoa ou organização estranha ao jogo. Qual o exemplo do Brasil? O Fluminense na época da Unimed contratava acima das suas receitas. Em dado momento, a empresa saiu do jogo. Os contatos com jogadores ficam em clube que não tem condição de sustentar, o futuro imediato é o flerte com rebaixamento, tanto que andou oscilando. E se os negócios do dono da SAF fora do futebol quebram, se ele quebra? O clube fica com obrigação dos salários. Se tiver bilheteria, direitos de TV, você vai ter mais garantias de que é sustentável. Ninguém torce por isso, meu Deus do céu, mas um clube que tem um dono colocando bilhões, se tem problema de saúde, em dois dias não está mais aí, o clube fica com essas obrigações. É preciso ter proteção ao clube. Um fair play que proteja o clube não permitiria que o Cruzeiro acontecesse, de chegar a esse nível de quebra. Teria sido impedido de contratar já no início do processo (...) Fair play financeiro não é só limitação de investimento de acordo com receitas, é também cumprimento de obrigações. É quase um licenciamento de clubes para competir, cumprir determinadas prerrogativas (...) Acho até que há medidas que seriam boas para o Botafogo que poderiam estar incluídas. Não é criar Europa ou Suíça da noite para o dia, com série de regras duras que ninguém nunca praticou. Você tem que ter um processo, discutir com boa-fé, não de maneira clubista. Você pode ter investimento, abre espaço para investir, ampliar receitas, por outro lado é preciso ter sustentabilidade do investimento proporcional a receitas ordinárias do futebol para não colocar entidades em risco. “Ah, mas o outro tem receita maior”. Junto, pode discutir a distribuição de receitas de TV, receitas comerciais do campeonato, ter um ajuste. É um ponto que pode estar na mesa. Tenho ligeira discordância de quando se fala que fair play financeiro não é justo. Tem vários conceitos de justiça aí. Se tenho clube que precisa fechar no azul e trabalho para isso, como competir com clube que não precisa fechar no azul? Isso aí é para discutir, é outro ponto para ser colocado na mesa. Tudo pode ser discutido, o importante é todo mundo estar honestamente disposto a discutir, não por casuísmo clubista, mas uma série de regras de proteção para não termos quebradeira, risco ou aventuras. Hoje, o que o Botafogo faz é bom para o Campeonato Brasileiro, é ótimo. O que não significa que não podemos botar à mesa algumas discussões sobre regulações".

Felipe Diniz: "O investimento é bem-vindo. Queremos que nossa liga melhore, cada vez mais ver movimentos como esse do Botafogo, que Palmeiras e Flamengo fazem há mais tempo, de trazer grande jogadores, deixar o ambiente cada vez melhor. O que não podemos permitir é que haja o calote. Esse é o ponto principal. Fair play financeiro pode ser moldado de inúmeras maneiras, mas quais serão as regras? Investimento como John Textor faz no Botafogo acho super bem-vindo, trazer o Botafogo para ser de novo um dos gigantes, acho ótimo. O que tem que ter é proteção para que você não possa contratar jogadores a peso de ouro sem pagar os outros. Isso não pode acontecer (...) Regulação é ótimo, o problema é o momento que as coisas são feitas, quando alguém incomoda, como é o caso do Botafogo. O problema é que tudo no Brasil é feito só com base no clubismo, não para melhorar o produto. A partir do problema que deixo de ganhar, quero criar um fato novo para tentar diminuir aquele que vai passar a ganhar. Se todo mundo tivesse preocupado com o todo, seria ótimo. Regra é sempre bom, desde que seja cumprida".

Alex: "Hoje o Botafogo, o que acho interessante, é que tem recursos. Recuperou um clube destruído, a marca vale mais, tem ativos, contratou. Mesmo que John Textor virasse as costas, tem que ter determinada proteção, não é só o salário, tem jogadores como ativos, CT, estrutura, precisou fazer isso".

Paulo Cesar Vasconcellos: "Não tem nada de ilegal no que o Botafogo faz. Às vezes, no imaginário das pessoas, em função das declarações do presidente Rodolfo Landim logo após a derrota do Flamengo por 4 a 1 para o Botafogo, fica parecendo que há alguma coisa errada. E não há nada rigorosamente errado. Discutir o fair play financeiro é saudável, mas é bom esclarecer (...) Não podemos naturalizar o calote. O Corinthians está dando calote no Cuiabá e no Flamengo. Isso não pode ser ignorado ou naturalizado por quem está querendo fazer que futebol tenha desenvolvimento melhor e mais seguro do ponto de vista financeiro. Discussão sobre fair play financeira tem que ser travada, mas não se pode ignorar que está aí o Corinthians. Matías Rojas, por exemplo, tem ação no valor de 40 milhões de dólares contra o clube. O futebol brasileiro está indo para último parágrafo ignorando primeiro, segundo e terceiro parágrafos. O primeiro é que não pode ficar em atividade um clube caloteiro, que se beneficia disso".

Martín Fernández: "Há casos que considero mais graves, como Corinthians e Cuiabá. O presidente do Cuiabá falou abertamente que o Corinthians leva o Raniele e não pega, tem que disputar o campeonato sem o jogador e sem o dinheiro. Controle tem que haver antes de o Corinthians contratar o Depay, tem que haver quando não paga o Raniele. O futebol brasileiro escolheu pular para a próxima, que é o Textor. É discussão importante. Queremos liga mais forte com dinheiro de fora, como do Grupo City? Topamos que sejam mais fortes com recursos que não são de dentro para fora? O nível vai subir, o Botafogo vai ganhar premiações, Libertadores, gerar dinheiro e se pagar. Pode ser. Mas antes tinha que discutir isso de tirar jogador de concorrente, não pagar e o concorrente não ter dinheiro para se remontar".

Publicação de John Textor

John Textor compartilhou um post comparando os gastos do Botafogo e do Flamengo, mostrando que o Alvinegro investiu menos e de forma mais eficiente.

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Por Thiago Guedes

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