O futebol, com sua imprevisibilidade e drama, pode ser cruel. E o Botafogo, que viveu um primeiro tempo de sonho, sentiu essa crueldade na pele. Uma vantagem de 3 a 0, construída com jogadas rápidas e eficiência, se desfez em apenas 15 minutos na etapa final. O empate por 3 a 3 com o Mirassol no Estádio Nilton Santos não foi apenas a perda de dois pontos, mas um golpe na confiança de um time que busca seu lugar entre os melhores do Campeonato Brasileiro. A história do jogo não foi sobre o que o Botafogo fez de bom, mas sobre o que ele deixou de fazer.
O Primeiro Tempo de Gala: A Esperança que se Acendeu
A partida começou com um Botafogo focado e veloz, mostrando um futebol que encantou a torcida. A equipe, sem invenções na escalação, parecia uma máquina bem-ajustada. O primeiro susto foi um chute de fora da área de José Aldo, do Mirassol, que o goleiro Léo Linck defendeu com maestria.
Mas a resposta do Glorioso veio rápida. Em um contra-ataque letal, Savarino finalizou por baixo do goleiro e abriu o placar. A partir daí, o time dominou. Aos 30 minutos, após uma jogada pela direita, Alex Telles finalizou, e Chris Ramos, com oportunismo, marcou o segundo gol. O terceiro veio pouco depois, com Álvaro Montoro aproveitando um rebote de uma defesa do goleiro Walter. O Botafogo foi para o intervalo com uma vantagem de 3 a 0, uma atuação irretocável e a sensação de que a vitória estava garantida.
Dominância e Eficiência: O Que Deu Certo no Início
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Velocidade nos contra-ataques: O Botafogo explorou os espaços deixados pelo adversário com passes rápidos e infiltrações.
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Oportunismo: Os atacantes Chris Ramos e Álvaro Montoro estavam no lugar certo, na hora certa, para converter as chances.
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Controle do jogo: A equipe de Davide Ancelotti controlou o ritmo da partida, sem dar chances para o Mirassol reagir.
A Virada Relâmpago: O Pesadelo em 15 Minutos
O segundo tempo começou e o pesadelo se instalou. Com apenas 33 segundos, Chico da Costa, que havia acabado de entrar, diminuiu para o Mirassol. O gol pegou o Botafogo de surpresa, mas o pior ainda estava por vir. Aos 12 minutos, o zagueiro Jemmes acertou um chutaço de fora da área, no ângulo, e fez o segundo. A torcida, ainda sem entender o que estava acontecendo, viu o terceiro gol do Mirassol vir aos 15 minutos, com Lucas Ramon, de cabeça, após uma falha de Alex Telles.
O que parecia ser uma vitória tranquila, se transformou em um empate inacreditável. O Botafogo perdeu o controle do meio de campo e a defesa se desorganizou completamente.
Erros Cruciais: Os Gols que Derrubaram o Glorioso
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Falta de atenção no reinício do jogo: O primeiro gol do Mirassol, logo no primeiro minuto do segundo tempo, mostrou uma desconcentração total do time.
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Defesa desorganizada: A defesa do Botafogo, que parecia sólida no primeiro tempo, se perdeu em campo. As falhas foram capitais.
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Atraso nas mudanças: O técnico Davide Ancelotti demorou para mexer no time, e quando o fez, não conseguiu mudar o cenário da partida. A falta de leitura do jogo foi um dos pontos mais criticados.
Pós-Jogo e a Tensão Final
Após tomar o empate, o Botafogo tentou reagir, mas o Mirassol se fechou. A equipe visitante estava mais organizada e não deu espaços. O jogo terminou tenso, com poucas chances claras para o Glorioso. E ainda teve a polêmica do árbitro, que não marcou pelo menos três pênaltis a favor do Botafogo, segundo a comissão técnica e os analistas. O resultado, 3 a 3, deixou um gosto amargo e a sensação de que a equipe jogou fora uma grande chance.
Ficha Técnica e Notas dos Jogadores
Para entender o que aconteceu em campo, veja a ficha técnica do jogo e as notas dos jogadores, que mostram a queda brusca de rendimento da equipe.
FICHA TÉCNICA BOTAFOGO 3 X 3 MIRASSOL
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Estádio: Nilton Santos
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Data-Hora: 17/9/2025 – 19h30
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Árbitro: Bruno Pereira Vasconcelos (BA)
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Assistentes: Alessandro Alvaro Rocha de Matos (BA) e Luis Carlos de França Costa (RN)
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VAR: Emerson de Almeida Ferreira (MG)
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Renda e público: R$ 381.240,00 / 5.859 pagantes / 6.724 presentes
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Cartões amarelos: Danilo, Santi Rodríguez, Alexander Barboza e Matheus Martins (BOT); João Victor (MIR)
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Cartões vermelhos: –
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Gols: Savarino 12’/1ºT (1-0), Chris Ramos 30’/1ºT (2-0), Álvaro Montoro 39’/1ºT (3-0), Chico da Costa 33″/2ºT (3-1), Jemmes 12’/2ºT (3-2) e Lucas Ramon 15’/2ºT (3-3)
BOTAFOGO: Léo Linck; Vitinho, Kaio Pantaleão, Alexander Barboza e Alex Telles (Cuiabano 18’/2ºT); Marlon Freitas, Danilo (Newton – Intervalo) e Savarino (Matheus Martins 46’/2ºT) ; Santi Rodríguez (Mastriani 46’/2ºT), Chris Ramos e Álvaro Montoro (Jeffinho 33’/2ºT) – Técnico: Davide Ancelotti.
MIRASSOL: Walter; Lucas Ramon, João Victor, Jemmes e Reinaldo; Neto Moura (Yago Felipe 40’/2ºT), Danielzinho e José Aldo (Shaylon 30’/2ºT); Negueba (Carlos Eduardo 22’/2ºT), Cristian Renato (Chico da Costa – Intervalo) e Alesson (Edson Carioca 22’/2ºT) – Técnico: Rafael Guanaes.
As Notas do Botafogo
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LÉO LINCK: 5,5
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VITINHO: 5,0
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KAIO PANTALEÃO: 4,0
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ALEXANDER BARBOZA: 4,0
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ALEX TELLES: 3,0
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DANILO: 6,0
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MARLON FREITAS: 5,0
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SAVARINO: 6,5
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SANTIAGO RODRÍGUEZ: 6,0
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ÁLVARO MONTORO: 7,5 (O melhor do time, deu dinâmica e marcou)
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CHRIS RAMOS: 7,0
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NEWTON: 4,0
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CUIABANO: 4,5
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JEFFINHO: sem nota
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MATHEUS MARTINS: sem nota
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MASTRIANI: sem nota
A Análise do Técnico
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DAVIDE ANCELOTTI: 3,0
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O técnico começou a partida bem, mas não conseguiu reagir à virada. Suas escolhas e a demora em fazer substituições mostraram uma falta de leitura do jogo.
O que vem pela frente para o Botafogo?
O Botafogo precisa virar a página rapidamente. A equipe volta a campo no próximo sábado para enfrentar o Atlético-MG, novamente no Estádio Nilton Santos, às 18h30. Depois, o Glorioso visita o Grêmio na quarta-feira (24/9), em Porto Alegre, em partida atrasada. São dois jogos importantes para o Botafogo voltar a somar pontos e recuperar a confiança.
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