O Botafogo fez história na noite de sábado. Jogando na Arena Castelão, o time carioca aplicou uma goleada de 5 a 0 sobre o Fortaleza. A partida, válida pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro, teve de tudo: muitos gols, uma expulsão polêmica, lesão de bandeirinha e até bate-boca entre jogadores.
Para o técnico do Fortaleza, Renato Paiva, o jogo foi um reencontro amargo com seu ex-clube. Ele treinou o Botafogo de março a junho deste ano. A goleada, segundo o treinador, foi um resultado inesperado. Ele lamentou a expulsão de um de seus jogadores logo no começo do jogo, algo que, para ele, mudou toda a partida.
"Se estivesse na minha mente, eu não tinha saído do CT. Não, claro que não. O que não estava na minha mente era ficar com jogador a menos aos cinco minutos", disse Paiva. Ele continuou: "Isso, obviamente, desequilibra completamente as coisas."
Paiva tentou corrigir o time, mas o esforço não foi suficiente. Os erros em jogadas paradas custaram caro. Três dos cinco gols do Botafogo vieram de faltas e escanteios. Ele resumiu: "Quando tu, em cinco gols, sofres três gols de bola parada, e são estes gols de bola parada que te fazem afastar depois no resultado, fica muito difícil."
O Jogo que virou Goleada: de uma partida difícil para um placar elástico
O jogo começou de forma agitada e, para o Fortaleza, com o pé esquerdo. Logo aos cinco minutos, o zagueiro Gustavo Mancha foi expulso. O lance gerou muita discussão, inclusive entre o árbitro de campo e a equipe do VAR.
O diálogo polêmico no VAR: a expulsão de Mancha
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou os áudios do VAR sobre o lance. Neles, é possível ouvir a equipe de vídeo tentando convencer o árbitro Anderson Daronco a voltar atrás na decisão. O VAR argumentava que o contato não foi tão grave. "O contato para mim não é tão pleno assim, e para você?", questionou a equipe.
No entanto, Daronco manteve a decisão. "Eu vou manter a minha decisão, porque para mim ele atinge a perna do jogador defensor que está estendida", justificou. Para o árbitro, a jogada colocou em risco a saúde do adversário, o que justificou a expulsão. O lance marcou o início do desequilíbrio do jogo.
Arthur Cabral e a provocação de Deyverson
O segundo gol do Botafogo foi feito por Arthur Cabral, pouco antes do intervalo. A comemoração, em que ele apontou para o campo, gerou confusão. Jogadores do Fortaleza, como Tinga e Deyverson, reclamaram. A transmissão do jogo relatou que Deyverson, conhecido por seu estilo polêmico, tentou arrumar confusão com Arthur Cabral no intervalo. O atacante do Botafogo não se intimidou e deu uma "invertida". "Joga futebol, cara. Ah, você já foi substituído, né?", teria dito Cabral, segundo a reportagem.
Arthur Cabral minimizou o caso. "Não rolou nada. Nem provoquei, fiquei quieto, nem quis provocar. É futebol", disse ele na entrevista. O atacante se mostrou feliz com o gol e com a vitória do time, especialmente por ser um jogo na Arena Castelão, um campo difícil para o Botafogo. "Muito feliz de estar marcando gol aqui, uma boa partida, diante do nosso torcedor. Tinha esquecido como é difícil jogar aqui, calor absurdo, o campo não ajuda", completou.
O azar do bandeirinha
Além das polêmicas e gols, o jogo teve um momento inusitado. O assistente de campo, Jorge Eduardo Bernardi, tropeçou em uma bola e lesionou o ombro. O lance, que aconteceu no segundo tempo, foi feio. O bandeirinha precisou ser substituído pelo quarto árbitro, Lucas Guimarães Rechatiko Horn. Ele saiu do campo com o braço imobilizado. A lesão do assistente mostra como as partidas de futebol podem ser cheias de surpresas.
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