Renato Paiva foi demitido e gerou forte reação de Felipe Melo e críticas à gestão de John Textor.
A demissão de Renato Paiva do comando técnico do Botafogo pegou muitos torcedores e comentaristas de surpresa, especialmente após a campanha histórica no Mundial de Clubes. Entre os que mais criticaram a decisão está o ex-jogador Felipe Melo, que atualmente é comentarista no “Fechamento SporTV”. Ele usou palavras fortes, classificando a saída de Paiva como um “escárnio” e apontando falhas no planejamento do clube comandado por John Textor.
As críticas contundentes de Felipe Melo
“Um escárnio para o futebol”
Durante o programa "Fechamento SporTV", Felipe Melo não mediu palavras ao comentar a saída de Paiva. Segundo ele, a demissão após o desempenho surpreendente no Mundial de Clubes foi um absurdo:
“Acho escárnio para o futebol um treinador chegar e fazer a competição que fez. O Botafogo classificou e venceu o PSG, atual campeão da Champions. Isso é um absurdo.”
Para Felipe, Paiva deveria ter recebido reconhecimento, e não demissão.
Planejamento equivocado no início do ano
Felipe Melo também apontou erros de planejamento do Botafogo antes do Mundial. O clube começou o ano com técnico interino e fracassou nas primeiras competições:
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Derrota para o Flamengo na final da Super Copa;
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Derrota na final da Recopa Sul-Americana para o Racing;
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Campanha ruim no Estadual.
“Pagou por isso. Comandados precisam de comando. E o Botafogo começou o ano sem treinador efetivo.”
Para ele, a falta de um comandante desde o início comprometeu o clube nas competições nacionais.
A visão de André Rizek sobre a demissão
Bastidores revelados no SporTV
O apresentador André Rizek revelou um bastidor envolvendo Renato Paiva e a palavra “interferência”. Segundo Rizek, Paiva ficou chateado com ele por usar esse termo ao comentar sua demissão:
“Ele disse que interferência é quando o dirigente manda fazer algo e o técnico obedece. E ele afirma que sempre seguiu suas próprias convicções.”
Mesmo assim, Rizek acredita que houve, sim, pressão indireta de John Textor.
O estilo de jogo incomodou Textor
Rizek contou que Textor demonstrava insatisfação com o estilo de jogo defensivo de Paiva, especialmente quando o técnico escalava três volantes.
“Textor acredita no 'Botafogo Way'. Ele não gostava de ver o time jogando no contra-ataque.”
Essa diferença de visão tática teria sido um dos principais motivos da demissão.
A campanha de Paiva no Mundial de Clubes
Superação nas fases iniciais
Apesar das críticas anteriores, Renato Paiva foi brilhante no Mundial. O Botafogo superou expectativas:
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Classificação em um grupo difícil;
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Vitória sobre o poderoso PSG;
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Jogo equilibrado contra o Atlético de Madrid.
Rizek foi direto:
“Dou o troféu da fase de grupos para ele. Foi a parte mais difícil do torneio e ele foi perfeito.”
O jogo contra o Palmeiras e a queda
A gota d’água para Textor teria sido a derrota para o Palmeiras, com o mesmo estilo defensivo que ele tanto criticava.
“Textor queria ver o Botafogo jogando de forma ofensiva, e ficou frustrado com a repetição da estratégia.”
Pouco depois do jogo, Paiva foi demitido ainda nos vestiários.
Resposta de Renato Paiva
Discordância sobre “interferência”
Paiva não escondeu sua insatisfação com o termo usado por Rizek. O treinador defende que sempre fez suas escolhas técnicas de forma independente:
“Nunca fiz o que o Textor achava que eu deveria fazer. Sempre segui minhas convicções.”
A declaração mostra o incômodo do treinador com a ideia de que seria influenciado por dirigentes.
Orgulho da campanha
Mesmo demitido, Paiva saiu com a cabeça erguida. Ele acredita que deixou um legado e que a campanha no Mundial foi marcante para o clube.
O novo nome: Davide Ancelotti
Acerto encaminhado
Com a saída de Renato Paiva, o Botafogo se movimentou rapidamente. Davide Ancelotti, filho do renomado técnico Carlo Ancelotti, está com acerto encaminhado para assumir o cargo.
Ancelotti Jr. era auxiliar do pai no Real Madrid e é visto como uma jovem promessa do banco de reservas.
Desafio à frente
Davide terá a missão de:
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Reorganizar o time para o Brasileirão;
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Trabalhar com um elenco forte, mas emocionalmente afetado;
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Reconquistar a confiança da torcida.
A chegada de um nome internacional reforça a ideia de que John Textor quer transformar o Botafogo em uma marca global, mesmo que isso custe estabilidade.
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