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Renato Paiva é demitido do Botafogo após Mundial: repercussão e bastidores
Demissão de Renato Paiva no Botafogo causa indignação e repercussão nacional: "Textor perdeu o controle"
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Demissão de Renato Paiva no Botafogo causa indignação e repercussão nacional: "Textor perdeu o controle"

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A saída repentina do técnico após eliminação no Mundial gerou críticas da imprensa, surpresa nos bastidores e abriu espaço para questionamentos sobre o planejamento do clube.

Data Publicação:01/07/2025
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A demissão de Renato Paiva do comando técnico do Botafogo pegou a todos de surpresa e causou forte repercussão entre torcedores, jornalistas e profissionais do futebol. A decisão veio após a eliminação do Glorioso nas oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes, com derrota para o Palmeiras na prorrogação. A forma como tudo aconteceu gerou críticas intensas, especialmente ao dono da SAF alvinegra, John Textor, acusado de agir por impulso e sem planejamento.

A seguir, reunimos as principais reações da imprensa e os bastidores que cercam a saída do treinador português, além das possíveis pistas sobre o novo comandante do clube.

A crítica direta: "Não há planejamento"

Fellipe Bastos questiona estratégia da SAF

O ex-jogador e comentarista Fellipe Bastos, do SporTV, foi direto ao ponto. Para ele, a demissão de Renato Paiva demonstra a falta de um plano sólido para o futebol do Botafogo. Ele destacou que o clube havia acabado de contratar reforços importantes para o Mundial, como Joaquín Correa, Arthur Cabral, Álvaro Montoro e Kaio Pantaleão.

Renato Paiva teve 121 dias de clube, 23 jogos, 12 vitórias, três empates e oito derrotas. Foram 60 dias para escolher, ele escolheu um time. Encaixou com um time que o Textor não gostava, que era com o Cuiabano e Alex Telles dobrando na lateral, porque ele contratou o Santi Rodríguez para jogar ali, só que ele não respondeu. Encaixou com o Cuiabano ali, e aí começa o problema do Renato Paiva com o Textor. Acho que o Textor acabou de dar uma resposta para a gente de que o Botafogo por esse ano não tem planejamento. Não teve planejamento para o início do ano, no Carioca, não teve planejamento para o Mundial. O Palmeiras, sim, teve planejamento para o Mundial, contratou Vítor Roque e Paulinho. O Botafogo contratou jogadores para o Mundial agora. “Ah, bota para jogar!” Como é que bota para jogar se os jogadores estão vindo de férias? Classifica no grupo da morte, perde, sim, num jogo ruim do seu time, porque o Botafogo podia ter apresentado coisas melhores… Mas não pode falar de um planejamento que foi feito em 60 dias para ele contratar o Renato Paiva e jogar fora agora, depois de um grande primeiro turno de Mundial. Ele classifica na Libertadores, depois de estar atrás, classifica na Copa do Brasil, pode ser quinto no Brasileiro… O que você explica para mandar o Renato Paiva embora? O Botafogo foi muito mal. Falta planejamento para o Botafogo de 2025.

A palavra do treinador: "Estou chocado!"

PVC revela bastidores da demissão

O jornalista Paulo Vinícius Coelho (PVC) trouxe uma das reações mais impactantes da situação: a própria resposta de Renato Paiva. Em mensagem enviada ao colunista da Folha de S. Paulo, o técnico negou que tenha adotado uma postura defensiva diante do Palmeiras, como alguns sugeriram.

Paiva ainda ficou surpreso com a atitude de John Textor, que teria descido aos vestiários visivelmente irritado após o jogo. PVC foi além e sugeriu que a demissão teve mais a ver com uma necessidade de Textor de mostrar força diante da crise no Lyon, clube francês também sob seu comando.

Estou chocado! Não se entende que o jogo ruim que fizemos foi por mérito do Palmeiras. Do empate contra o Palmeiras, no Allianz Parque, só mudaram os nomes. O Danilo [Barbosa] no lugar do Gregore e o Allan no do Patrick de Paula. Parece que jogamos sozinhos.

Paiva queria vencer: "Vai pra cima, com coragem"

Discurso no intervalo mostra outra postura

Durante a transmissão da CazéTV, a jornalista Bruna Dealtry revelou ter escutado parte da fala de Renato Paiva no intervalo da partida contra o Palmeiras. Em suas palavras, o técnico demonstrava vontade ofensiva e pedia coragem ao elenco. Isso contradiz a ideia de que o Botafogo entrou em campo com postura retrancada.

O Botafogo não conseguiu fazer isso (jogar). Depois que teve a expulsão, o Botafogo começou a jogar. Era exatamente o que o Renato Paiva queria para esse jogo. Ele tinha falado que queria que o Botafogo tivesse a posse de bola, que fosse, propôs o jogo, passasse pro ataque. Ele pediu isso em vários momentos. No intervalo, então, que eu escutei sem querer o que ele estava falando no vestiário, “Vai pra cima! Com coragem!”. E eu acho que o Botafogo realmente não se sentiu confortável pra fazer isso.

Surpresa até para os jogadores

Joanna de Assis traz posição oficial e bastidores

A jornalista Joanna de Assis, do programa “Seleção SporTV”, procurou o Botafogo em busca de explicações. Segundo ela, a resposta foi neutra e pouco esclarecedora. Ainda assim, revelou que até mesmo os jogadores foram pegos de surpresa com a decisão.

Só dar uma pitada disso que a gente está falando da demissão do Renato Paiva, eu pedi uma palavra do Botafogo também, e a resposta que eu recebi foi a seguinte, porque a gente quer saber se tem uma razão pontual, se foi o resultado, se foi postura, se aconteceu alguma coisa internamente, alguma situação da qual a gente não tem conhecimento, e a resposta foi: “Boa tarde, tudo bem, não temos muitos bastidores. A tomada de decisão foi de caráter interno, só temos a agradecer ao Paiva e sua equipe, agora olhar pra frente e planejar novamente. Estou entrando numa reunião agora, então, muito boa tarde”. E foi isso. A gente continua sem uma resposta. Realmente, tem essa questão do John Textor ter manifestado ali uma crítica em relação às escalações, mas não chegou a virar uma interferência direta. O que eu posso dizer também é que todo mundo foi pego de absoluta surpresa. A começar por nós também, porque foi uma postagem ali já no começo da madrugada. Então, todo mundo ficou muito surpreso. E também, como a gente acabou de receber, a resposta que o Botafogo nos passou foi uma resposta mais neutra, impossível. Não fala de razões. Seria muito natural. “Olha, a gente gostaria por outro caminho. A gente quer um técnico com características diferentes. Houve uma discussão, houve, sei lá, algum problema pontual”. E não foi isso. E, de fato, o Renato não foi comunicado. Na verdade, ele não foi demitido pelo John Textor, né? Então, teve um almoço depois do jogo, em que o John Textor manifestou ali a insatisfação em relação à postura do Botafogo. Mas, em nenhum momento, pelo que eu falei com pessoas que estavam nesse almoço, nenhum momento virou ali uma discussão, não virou um embate. Simplesmente, o John Textor se posicionou em relação ao que ele entendeu do jogo, que ele não gostou da postura, e os jogadores ouvindo e a comissão técnica também. Não chegou a virar uma discussão. E aí, um pouco mais à noite, no dia seguinte à noite, acontece a demissão. Então, a única coisa que eu posso dizer é de que ninguém esperava essa demissão. Incluindo alguns jogadores que a gente também teve a oportunidade de perguntar. Todo mundo foi pego de surpresa. O treinador e os jogadores também.

"Textor parece um bebê chorão", diz jornalista

Críticas pesadas da ESPN

O apresentador Abel Neto, da ESPN, foi um dos que mais criticou John Textor. Ele disse que o dono da SAF se comporta como um “bebê chorão” e sugeriu que ele mesmo assuma o time, se quiser controlar tudo.

Desculpe o termo, mas o Textor parece um bebê chorão muitas vezes. “Ah, meu time não foi campeão”, perdeu para o Palmeiras, faz um estardalhaço, inventa um monte de coisa, um monte de insinuações que não deu prova nenhuma, dizendo que houve manipulação de resultados, acusando times, e não só o Palmeiras que foi campeão, mas São Paulo, Fortaleza… Aí depois, no ano seguinte, o time dele é campeão, é festa, é alegria, é sorriso, é abraço, tudo certo, aí não tem problema nenhum com a arbitragem. Aí o time vai bem, ganha do PSG, abraço, festa, entra no campo, rindo, aí o time perde o jogo para o Palmeiras, não serve mais, não teve Botafogo Way. É tudo na base do impulso? Ah, pelo amor de Deus! Não tem convicção nenhuma, né? Eu me sinto dando murro em ponta de faca. Eu acho absurdo ficar trocando de técnico toda hora, isso mostra que não tem convicção nenhuma o clube. Mas, aqui no Brasil é assim, então deixa estar… Não é que estou defendendo o técnico, estou defendendo o clube. Tento defender a minha visão de um clube que quer ter uma identidade de jogo, se coloca lá a confiança no trabalho de um técnico, acreditar nele, dar o aval para ele fazer o trabalho com o tempo. Se fica trocando toda hora, é difícil ter uma identidade.

Para o comentarista Eugenio Leal, pode haver mais motivos nos bastidores, ligados a exigências e interferências.

Eu sou contra esse tipo de interferência. Ou ele combina antes do técnico chegar: “Você quer ser nosso técnico? Nós queremos que jogue sempre assim. Você aceita?” Agora, depois que o técnico chega, o técnico adota uma estratégia, deu certo, que lindo. No próximo jogo, ele adota a mesma estratégia que ele quer e que ele pensa como técnico, e o Botafogo contratou confiando no trabalho dele… Aí vai chegar cada jogo, o presidente vai falar: “Esse jogo eu quero assim, esse jogo eu quero assado.” Ele que vire técnico então! Não precisa contratar ninguém. Eu discordo disso, completamente. Isso não existe!

Acusações de interferência na escalação

Rizek: Textor queria escalar o time

O jornalista André Rizek trouxe à tona uma denúncia grave: Renato Paiva teria sido demitido após resistir a interferências de John Textor na escalação da equipe. O empresário não queria que Cuiabano jogasse mais avançado nem aprovava a formação com três volantes.

Meu caro, no jornalismo, a gente tem que ouvir todos os lados. Eu não tenho o lado do Textor. Escrevi pra ele, perguntei pra ele se ele confirma a informação que eu vou dar aqui na sequência. Então, John, se essa informação chegar a você, responda as mensagens. Eu não tenho o seu lado, porque você não me respondeu. E eu aguardo o lado do Botafogo. Do lado do Paiva, ou seja, metade das partes envolvidas, a informação é a seguinte. Ele também foi surpreendido pela demissão. O staff dele, inclusive, acordou com ela. Não foi nem ontem à noite, já era mais de meia-noite no Brasil, acordou com ela. E a alegação da parte do Paiva é interferência na escalação. Isso já vem desde quando o Botafogo estava no Brasil. Qual é a informação que vem do lado do Paiva? Por exemplo, Cuiabano jogando de atacante. Textor não gosta, porque ele quer vender um dia o Cuiabano como lateral e isso atrapalha o plano comercial. E aí o motivo crucial, fiz uma introdução, criar um suspense, a escalação com três volantes, se é que dá pra chamar assim no meio-campo. O Textor já tinha se queixado dessa formação no empate em 0x0 com o Palmeiras no Brasileirão. O Paiva entende que o Botafogo controlou o jogo e eu concordo com ele. O Botafogo controlou o jogo, a queda era a tática acertada. O Textor falou pra ele que não queria ver o time jogando novamente daquele jeito. Não é o Botafogo Way. E assim, gente, o Botafogo tem dono, né? É bom a gente deixar isso claro. É um clube com dono. E dono manda nas coisas. E aí veio pra Copa do Mundo. O Paiva repete essa escalação com três volantes, contra o PSG, contra o Atlético. Aí como ganhou do PSG, o Textor invadiu o campo e deu um beijo nele. Tudo lindo. E aí como ele repetiu contra o Palmeiras a escalação que o Textor havia pedido pra ele não usar. Pedido não, mandado, que ele não quer ver utilizada no Botafogo, porque ele acha que o Botafogo tem que jogar de outra forma. O Paiva entende que essa foi a razão da demissão. Alega que não há nenhum problema de vestiário, que não houve nenhum fato ocorrido no vestiário. Então na visão do Paiva, que foi comunicado da demissão, mas não teve uma reunião para que a demissão fosse explicada, detalhada, esse é o motivo que levou a queda do treinador do Botafogo.

Rizek ainda relatou que pessoas próximas viram Textor “enlouquecido” após a partida, indignado com o desempenho do time.

Sobre a demissão do Paiva, eu estou tentando apurar, estou tentando falar com o Textor, por ora o que eu tenho a dizer é o seguinte, eu não conversei com o Textor depois da partida de sábado, mas quem conversou com ele viu um dirigente enlouquecido, com raiva, indignado com a postura do Botafogo. Tem uma imagem do Textor, assim que o Botafogo ganha do PSG, ele entra no campo, invade a coletiva com o detentor dos direitos e dá um beijo, manda um beijo no rosto do Paiva, emocionado e agradece, thank you, thank you, thank you. Então assim, como é que ele foi desse amor absoluto pra raiva absoluta? Eu acho que isso é muito do perfil do dono do Botafogo hoje. Ele é muito intempestivo, ficou muito indignado com a postura. A menos que surja uma informação que eu não tenho no momento, de que tenha ocorrido algo no vestiário, a minha conclusão é que ele tomou decisão com o fígado. Ele ficou indignado com a postura do Botafogo. Eu não acho que foi uma postura incorreta, eu acho que o Paiva errou, mas gente, todo mundo erra né. Ele foi brilhante na fase de grupos e acho que ele foi surpreendido pelo Abel.

PVC detona: “Isso é analfabetismo e desrespeito”

Jornalista critica atitude do clube

PVC não se limitou a divulgar as mensagens do técnico. Ele também se posicionou de forma contundente. Para o comentarista, a maneira como a demissão foi conduzida beira o desrespeito. Ele acredita que faltou profissionalismo e sensibilidade por parte da diretoria.

A reação do Renato Paiva ao saber que estava demitido pelo Botafogo foi, em uma palavra, chocado. Conversei com ele na noite de domingo, logo depois, e eu também fiquei chocado com a decisão. Por que chocado? “Ah, porque o Botafogo foi muito mal contra o Palmeiras, apenas se defendeu”. Cara, faz 10 dias que pela primeira vez em 13 anos, um time do Brasil ganhou de um time campeão europeu. E quem era o herói há 10 dias? Renato Paiva e o time do Botafogo. Se ele teve mérito contra o Paris Saint-Germain, se ele passou no grupo mais difícil do Mundial, avançou para as oitavas de final, é uma derrota na prorrogação que provoca a queda como se ele fosse um débil mental completo? Absoluta falta de respeito. Mesmo que a torcida apoie a decisão, demonstra pura falta de respeito por um profissional que se preparou para ganhar e ganhou do último campeão da Europa. O PSG meteu 4×0 no Atlético de Madrid, meteu 4×0 no time do Messi, perdeu para o Botafogo por 1×0. E é por essas e outras que a gente não tem que ficar mais pensando que o futebol brasileiro precisa de um dirigente estrangeiro, de um jornalista estrangeiro, de um técnico mesmo. Renato Paiva é português e foi tratado com absoluta falta de respeito por um clube que não tem um dirigente brasileiro. Isso não se chama cultura do futebol brasileiro, isso se chama analfabetismo, desrespeito.

Imprensa internacional se espanta: “Dez dias depois, foi despedido”

Jornais portugueses destacam contraste após vitória sobre o PSG

A imprensa portuguesa também reagiu com surpresa à demissão de Paiva. O jornal A Bola lembrou que apenas dez dias antes John Textor comemorava efusivamente com o técnico após a histórica vitória sobre o Paris Saint-Germain.

Já os jornais Record e Mais Futebol destacaram o impacto da notícia durante a madrugada, tanto no Brasil quanto na Europa.

Bastidores revelam desgaste anterior

Problemas começaram antes do jogo contra o Palmeiras

No “Redação SporTV”, o comentarista Gilmar Ferreira contou que a situação de Renato Paiva já estava delicada mesmo antes da eliminação. A vitória sobre o Seattle, por exemplo, não teria acalmado os ânimos da diretoria.

Fico imaginando o papel do treinador, com os nossos achismos. Eu me assumo um excelente engenheiro de obras prontas. Todo domingo eu faço uma pós-graduação na minha formação de engenheiro de obras prontas. Mas eu acho que um grande fato da rodada foi tomado na madrugada de ontem para hoje, a demissão do Renato Paiva pelo John Textor, que é algo que ainda carece de maiores informações, maiores explicações. Eu, logicamente, quando eu soube, já ultrapassava a meia-noite, mandei algumas mensagens e algumas me retornaram. Eu já estava dormindo, outras me retornaram hoje pela manhã, dizendo que a coisa já não estava boa desde a vitória sobre o Seattle, logo na partida de estreia do Botafogo. Mas aí veio a vitória sobre o PSG, amainou um pouco o descontentamento, e a derrota para o Atlético de Madrid já trouxe de novo um clima de insatisfação muito grande, que culminou com a eliminação para o Palmeiras. Eu vi muita gente criticando a postura do Botafogo, chamando o Renato Paiva de atitude covarde, o chamando de covarde. Eu não concordo muito, eu acho que o Botafogo está fazendo um ano… essa reestruturação do Botafogo é cheia de altos e baixos. O elenco está sendo montado durante a competição, alguns jogadores chegando já na fase de preparação para a competição. Então eu acho que o Botafogo volta cinco casas, levou 45 dias para anunciar um técnico e agora, enfim, volta tudo de novo, um Campeonato Brasileiro em disputa, Libertadores, enfim. Eu não sei aonde o John Textor quer chegar, mas eu acho que o John Textor realmente assumiu o jeitinho brasileiro de enxergar futebol. Venceu, é bom. Perdeu, é uma porcaria.

Novo técnico engatilhado?

Texto indica que nome já estava nos planos

Ainda no “Redação SporTV”, os jornalistas discutiram a possibilidade de o Botafogo já ter um substituto engatilhado. Para Mariana Fontes, é quase certo que John Textor não teria demitido Paiva sem um nome definido.

Estou tentando apurar o negócio aí do novo treinador e, segundo consta, sua teoria está certa. Não teria feito isso se não tivesse um nome na manga.

Renato Paiva foi avisado por terceiros

ESPN relata que técnico ficou incomodado

Segundo a ESPN, John Textor sequer comunicou pessoalmente Renato Paiva sobre a demissão. A tarefa ficou com Alessandro Brito, diretor de gestão esportiva. O treinador esperava pelo menos uma conversa direta com o executivo que o contratou.

Essa atitude também teria irritado o português, que ficou sabendo da demissão junto com outros membros do elenco, igualmente surpresos.

Culpa dividida: “Textor também errou”

Loffredo aponta dedo para dono do clube

O comentarista André Loffredo, da TV Globo, fez questão de destacar que as falhas não foram apenas de Renato Paiva. Segundo ele, John Textor também deve ser responsabilizado pelo momento difícil do Botafogo.

A tarefa do Flamengo era muito difícil, o Bayern é nível A do futebol europeu. Clubes brasileiros têm condições de fazer enfrentamento com nível médio, como Benfica, Porto, Chelsea. PSG não, foi um feito do Botafogo. Mas o padrão é não conseguir enfrentar as principais equipes do futebol europeu. Quando se tem duelo nacional, como Botafogo x Palmeiras, se espera que a atitude do Botafogo não seja totalmente defensiva, como foi com o PSG, que é OK. Fazia sentido. Contra o Palmeiras, não quis nem atacar, tomou gol do Paulinho, aí que foi criar algumas chances, porque precisava. Ainda tentou. Uma partida bem abaixo do Botafogo, que respeitou muito o Palmeiras, este mais estruturado, com técnico há cinco anos, que conhece o clube, jogadores, vai trocando peças. Ao contrário do Botafogo, que quis começar a temporada em abril, aí fica difícil. Paiva foi mal, mas o Botafogo também, o culpado por não ter sucesso não é só o Paiva, demitido, é o dono do Botafogo, que fez planejamento totalmente atrapalhado. Do mesmo modo que ano passado como Botafogo vencedor ele foi exaltado, esse ano trabalho do John Textor tem que ser criticado. Ele estava cuidando do Lyon, dos outros time dele. Agora, o Botafogo vai estar entre as prioridades, por causa da situação do Lyon. Uma das primeiras atitudes é demitir o Renato Paiva. Esse último jogo foi ruim, mas o trabalho no geral não é ruim, não é para ser demitido. Pela postura que o Botafogo teve no sábado, a decisão já estava tomada, acho que ele já tinha essa percepção. Não foi uma boa partida, mas venceu o PSG, grande feito, atual campeão europeu, e poderia ter ido melhor. Perdeu para Palmeiras, adversário dentro do alcance, o que gera um pouco de frustração. A temporada já começou tarde, já tem jogadores entrando e outros saindo, como Igor Jesus, que não foi o técnico que vendeu. Agora é um recomeço.

E agora? Vasco pela frente e especulações no ar

O Botafogo agora busca um novo treinador para retomar o caminho no Campeonato Brasileiro. O próximo compromisso é o clássico contra o Vasco, no dia 12 de julho, em Brasília.

O ex-lateral Rafael, atualmente na CazéTV, apontou dois possíveis nomes: Sérgio Conceição e Jorge Jesus. Ele acredita que Conceição tem mais chances, mas também não descarta JJ, conhecido do futebol brasileiro e querido por Textor.

Eu tenho dois nomes. Não é informação, é opinião. Sérgio Conceição e Jorge Jesus são os dois nomes que eu estou escutando. Conceição é o mais certo. Eu não tiro o JJ não, tá? Eu, conhecendo o Textor, não tiro o JJ nunca de questão, porque a gente sabe que o JJ é um grande treinador e ele, para fazer isso para a torcida do Flamengo ficar nervosa…

O Paiva já veio sendo a quinta opção, vamos dizer assim. Eu friso muito isso, porque é muito fácil falar agora assim… Por que demitiu? Demitiu porque talvez o que ele queria antes ele vai ter agora. É o que eu penso. É injusto com o Paiva? Acredito que talvez seja. Mas eu acho que não é o que ele fez aqui na Copa do Mundo de Clube. É já a situação toda de como ele veio. Como pessoa, eu não queria [a demissão]. Como treinador, aí já é outra coisa. Eu boto os dois lados bem à parte, porque o Paiva sempre me tratou bem quando eu ia lá e conversava. Mas, como treinador… Ele começou fazendo um péssimo trabalho no Botafogo e depois foi melhorando. No Mundial de Clubes ele fez um bom trabalho de passar da fase do grupos, mas não foi aquele Botafogo Way, igual o Textor gosta. Foi bem defensivo, não jogava para frente. A torcida quer um Botafogo atacando, igual atacava em 2024, igual atacava sempre. Ficar só defendendo não dá. Então, acho que foi mais por esse motivo. Acho que o Textor viu no Paiva um treinador que não é o que ele quer.

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Por Thiago Guedes

Sou Thiago Guedes, Jornalista e Publicitário. Fiz da internet o meu país e nas minhas redes sociais não coloco ninguém em vacilo. Aqui no portal, servimos bem para servirmos sempre! Você confere todas as noticias do Botafogo, os jogos do Botafogo hoje, horário do jogo do Botafogo, classificação e tabela completa atualizada e muito mais!

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