Botafogo e Vasco possuem, além da rivalidade histórica, ambos compartilham um fator em comum: são clubes-empresa, as chamadas SAFs. Apesar disso, seguem trajetórias completamente diferentes desde que adotaram esse modelo. Um levantamento do Bolavip Brasil revelou que, entre os times da elite que viraram SAF, o Botafogo foi o que mais evoluiu em desempenho. Já o Vasco, amarga o pior desempenho entre todos os clubes privatizados da Série A.
Neste artigo, você vai entender os detalhes desse estudo, o impacto da SAF em cada clube e por que o modelo alvinegro é considerado o mais bem-sucedido até agora. Vamos aos dados e bastidores por trás dessa transformação no futebol brasileiro.
📈 Botafogo: a SAF que deu certo
O maior salto de performance entre todas as SAFs
Segundo o levantamento do Bolavip Brasil, o Botafogo teve o maior crescimento de desempenho entre os seis clubes da Série A analisados. Antes da transformação em SAF, o Glorioso tinha um aproveitamento de 45% dos pontos disputados na elite do Brasileirão. Após a entrada de John Textor e a transformação em clube-empresa, o número saltou para 57%.
Esse avanço coloca o Botafogo na liderança entre as SAFs em termos de desempenho. Mais do que isso, mostra que o projeto comandado por Textor deu resultado rápido — mesmo com desafios administrativos e críticas ao modelo.
Títulos e feitos históricos
O avanço do Botafogo com a SAF não é apenas numérico. O clube conquistou o título do Campeonato Brasileiro e também da Libertadores, se tornando o primeiro time sul-americano a vencer o campeão europeu (PSG) no Mundial de Clubes em mais de uma década.
A combinação entre investimentos estruturais, boa gestão técnica e estabilidade organizacional elevou o patamar do Glorioso, hoje referência entre os clubes-empresa do Brasil.
⚠️ Vasco: o outro lado da moeda
SAF sem evolução: desempenho estagnado
Enquanto o Botafogo voa, o Vasco segue enfrentando turbulências. De acordo com o mesmo estudo do Bolavip, o clube cruz-maltino tinha 46,2% de aproveitamento antes da SAF. Depois da transformação, o número caiu levemente para 45,8%.
Ou seja, mesmo com a mudança de gestão e promessa de modernização, o Vasco não apresentou evolução em campo. O time continua sofrendo no Brasileirão e ainda briga na parte de baixo da tabela.
Problemas financeiros e disputa judicial
Parte do problema vem do fracasso do investidor da 777 Partners, grupo responsável pela SAF vascaína. A empresa entrou em colapso financeiro, o que impactou diretamente o fluxo de caixa do clube. Hoje, o Vasco está na Justiça tentando recuperar o controle total da SAF e reverter o contrato com a gestora.
Esse cenário conturbado ajuda a explicar a falta de investimentos, instabilidade no elenco e desempenho ruim dentro de campo. É um exemplo claro de como a SAF, por si só, não garante sucesso.
⚖️ Bahia: crescimento sólido e silencioso
O Bahia também se destacou positivamente no estudo. Antes da SAF, o clube tinha 48% de aproveitamento. Agora, o número subiu para 54%. Esse crescimento estável mostra que a gestão liderada pelo Grupo City vem dando frutos, mesmo sem alarde.
O Tricolor de Aço investiu em estrutura, reformulou o elenco e, aos poucos, vai colhendo resultados. Ainda não chegou aos títulos, mas já se posiciona como uma SAF promissora.
🟡 Fortaleza: estabilidade com SAF “caseira”
O Fortaleza também entrou para o grupo das SAFs, mas com um modelo diferente: o clube manteve o controle da empresa consigo mesmo. Na prática, isso fez com que pouca coisa mudasse. O aproveitamento de pontos caiu levemente de 55,1% para 54,8%, mostrando que o modelo atual não trouxe impacto relevante — nem para melhor, nem para pior.
É uma SAF que segue o ritmo do clube, sem grandes aportes, mas com estabilidade institucional.
🔵 Cruzeiro: recuperação ainda inacabada
O Cruzeiro virou SAF para sair do buraco, após três anos na Série B. Com a entrada do empresário Ronaldo, o clube conseguiu voltar à elite, mas ainda sofre para se firmar entre os grandes.
Antes da SAF, o aproveitamento na Série A era de 56%. Agora, é de apenas 47%. Ou seja, apesar do resgate financeiro, o desempenho ainda está abaixo do desejado. A reconstrução segue em andamento, mas sem grandes feitos até o momento.
⚫ Atlético-MG: queda inesperada após virar SAF
Surpreendentemente, o Atlético-MG teve uma queda significativa de desempenho com a SAF. Antes, o Galo tinha 66% de aproveitamento na Série A. Agora, esse número caiu para 56%.
Além disso, surgiram notícias de atrasos salariais e dificuldades financeiras, mesmo com a entrada de investidores. Isso mostra que o modelo precisa de ajustes e que apenas virar SAF não basta: é preciso planejamento, gestão competente e visão de longo prazo.
📊 Tabela comparativa: antes e depois das SAFs
Clube | Antes da SAF | Depois da SAF |
---|---|---|
Botafogo | 45% | 57% |
Bahia | 48% | 54% |
Fortaleza | 55,1% | 54,8% |
Atlético-MG | 66% | 56% |
Cruzeiro | 56% | 47% |
Vasco | 46,2% | 45,8% |
Fonte: Bolavip Brasil
🔎 O que explica o sucesso do Botafogo?
O Botafogo soube unir um projeto ambicioso com planejamento. Comandado por John Textor, o clube investiu em estrutura, base, elenco e tecnologia. A SAF trouxe capital, mas também trouxe cobrança por resultados e profissionalização da gestão.
O reflexo está dentro de campo: além do aproveitamento de pontos, o clube empilhou conquistas e fez história ao bater o campeão europeu no Mundial.
❌ Por que o modelo não funcionou no Vasco?
No caso do Vasco, a SAF foi mal estruturada desde o início. A dependência total de um único investidor (777 Partners) e a falta de clareza nas cláusulas contratuais criaram um cenário de instabilidade.
Com a falência da empresa, o clube ficou à deriva. Hoje, a briga judicial para reaver o controle da SAF mostra o quanto a privatização mal planejada pode gerar mais problemas do que soluções.
💬 Conclusão
O levantamento do Bolavip mostra de forma clara: a SAF pode ser um bom caminho, mas não é mágica. O Botafogo prova que, com estratégia, investimento e boa gestão, o modelo pode transformar a realidade de um clube. Já o Vasco serve de alerta: sem transparência e comprometimento, até a SAF pode virar dor de cabeça.
Cada clube tem sua realidade, mas o torcedor, acima de tudo, espera respeito, resultados e responsabilidade com sua paixão.
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