O empresário John Textor, acionista majoritário da SAF do Botafogo, é uma figura polêmica. Nos últimos anos, ele se tornou uma das vozes mais ativas no futebol brasileiro contra a manipulação de resultados. Suas denúncias, a contratação da empresa Good Game! para analisar jogos e sua ida à CPI no Senado Federal trouxeram o assunto para o centro das atenções.
Ele não deixou o tema ser esquecido. Apesar das críticas da imprensa e do STJD, Textor acredita que sua luta gerou avanços importantes no Brasil
As Palavras de Textor Sobre a Luta
Em entrevista recente ao “UOL”, Textor falou sobre o assunto. Ele disse que o problema da manipulação é mundial, uma "epidemia" que afeta todos os países. Segundo ele, isso envolve tanto o baixo desempenho de jogadores quanto, em menor escala, árbitros.
“Eu diria que os promotores acabaram aceitando minhas evidências. A CPI do Senado acabou entrevistando um homem, William Rogatto. Uau! Foi algo impressionante quando ele admitiu ter se envolvido em manipulação de resultados contra o Botafogo.” – John Textor
O empresário citou a prisão de William Rogatto em Dubai e sua extradição para o Brasil como um exemplo de que as autoridades estão agindo. Para ele, mesmo que as pessoas ainda se sintam "envergonhadas" de falar abertamente, o tema está sendo tratado nos bastidores. Ele destacou o trabalho na CBF e no Senado.
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Avanços na Luta: Textor vê que a investigação e a prisão de envolvidos mostram que o Brasil está levando a sério o problema.
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Orgulho Nacional: Ele incentivou o país a se orgulhar de ter tido uma CPI e de estar agindo, diferentemente de outros lugares no mundo.
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Cenário Atual: Textor finalizou dizendo que o Brasil está consideravelmente melhor no combate à manipulação hoje do que estava em 2022.
Apesar das turbulências, o Botafogo conseguiu grandes feitos em 2024. O clube se sagrou campeão do Campeonato Brasileiro e da Copa Libertadores. Isso mostra que, mesmo com a polêmica, o time conseguiu focar e vencer dentro de campo.
O Futuro Incerto do Botafogo: Textor, Ares e a Falta de Dinheiro
Enquanto Textor fala sobre avanços no combate à manipulação, o futuro administrativo do Botafogo é uma grande interrogação. Uma briga societária está em curso e ninguém sabe quem vai guiar o clube nos próximos passos: John Textor, a Eagle Football Holdings, a Ares ou o próprio clube social.
O jornalista Daniel Braune, do canal “BrauneFogo”, trouxe à tona os detalhes desse impasse.
O Conflito de Interesses na SAF
A situação é complicada e envolve duas forças com objetivos diferentes:
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John Textor: Ele quer ver o Botafogo competitivo e forte. O problema, segundo o jornalista, é que Textor "parece não apresentar garantias e verbas" para manter essa competitividade. Ele precisa honrar compromissos e até amortizar dívidas que ele mesmo criou.
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Ares: Este é um fundo que entrou como sócio na Eagle (empresa de Textor). O interesse da Ares é puramente financeiro. Eles não querem desenvolver futebol nem gerir o time. O objetivo da Ares é receber de volta o dinheiro que foi emprestado a Textor. Eles não têm interesse em investir no clube ou na sua competitividade.
Braune resumiu a situação de forma clara:
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Textor: Quer competir, mas não tem o dinheiro necessário no momento.
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Ares: Tem o dinheiro (a ser recuperado), mas não quer colocar no futebol e não quer gerir o clube.
Uma Corrida Contra o Tempo
Para Daniel Braune, o Botafogo precisa resolver isso rapidamente. O tempo está acabando. O Campeonato Brasileiro está no final e a janela de transferências está prestes a abrir.
A solução é urgente. Ou Textor consegue se resolver e achar uma forma de injetar o dinheiro e as garantias necessárias, ou uma outra empresa precisa comprar o Botafogo da Eagle. A preocupação é que a indefinição pode atrapalhar o planejamento para a próxima temporada, que já começa cedo com as fases preliminares da Libertadores.
O Botafogo está em uma encruzilhada:
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De um lado, a paixão por competir de Textor.
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Do outro, a frieza do dinheiro e os interesses da Ares.
O clube precisa de estabilidade para manter o alto nível alcançado em 2024 e seguir forte em 2025.
Críticas e Polêmicas: A Arbitragem e a Imprensa
O tema da manipulação e arbitragem segue gerando calorosos debates no futebol.
Não Seja John Textor: O Comentário de Lavieri
Após um jogo polêmico entre Flamengo e Palmeiras, o comentarista Danilo Lavieri, do “UOL”, usou Textor como exemplo em suas críticas. Ele disse que o Palmeiras foi prejudicado pela arbitragem, mas fez um alerta: "Não seja John Textor."
Lavieri criticou a postura do acionista do Botafogo por ter feito denúncias de manipulação de resultados. Para o jornalista, existe uma grande diferença que as pessoas precisam entender:
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Erro de Arbitragem: O juiz erra por incompetência, por falha humana.
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Esquema/Roubo/Manipulação: Há uma intenção, um método, uma ação criminosa por trás do erro.
Lavieri defende que é correto falar sobre os erros da arbitragem. O que ele critica é o ato de classificar esses erros como "roubo," "mancha," ou "assalto," como se fossem sempre parte de um esquema.
“O problema é falar que é roubo, que é mancha, que é assalto, que é método, que é suspeito, que tem que ser investigado. São coisas diferentes, gente.” – Danilo Lavieri
Ele ainda reclamou que parte da própria imprensa está fazendo esse jogo. Segundo ele, alguns jornalistas estão agindo como antes faziam jogadores, técnicos e diretores, misturando as coisas e chamando erro de esquema.
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