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Seneme: ‘Dou zero possibilidade em termos do que John Textor apresentou’

Depoimento Polêmico de Wilson Luiz Seneme na CPI da Manipulação de Jogos

Data Publicação:07/06/2024
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Seneme: ‘Dou zero possibilidade em termos do que John Textor apresentou’
Foto: Reprodução

No dia 6 de junho, o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Wilson Luiz Seneme, compareceu à CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas para prestar depoimento sobre as acusações feitas por John Textor, acionista da SAF do Botafogo. Durante sua fala, Seneme foi enfático ao desconsiderar as denúncias apresentadas por Textor.

Desconsideração das Acusações

Seneme iniciou seu depoimento afirmando que não há base para as acusações de Textor em relação à manipulação de resultados. "Dou zero possibilidade em termos do que foi apresentado. Porque não vi e não identifiquei, com a experiência que tenho, nenhuma ação que possa dar a mínima referência e transformar em manipulação de resultado, seja de jogadores ou dos árbitros", declarou Seneme. Ele também criticou o uso da inteligência artificial para analisar decisões de arbitragem, apontando a dificuldade de padronizar interpretações subjetivas como faltas e expulsões.

Seneme na Defesa dos Árbitros

Em seu depoimento, Seneme ressaltou a integridade dos árbitros da CBF e a eficácia das ferramentas de vigilância implementadas após o escândalo de 2005. "Hoje, não temos nenhum árbitro envolvido do quadro da CBF em função de todas as ferramentas criadas para vigilância, controle e transparência", afirmou. Ele destacou a importância do VAR, frisando que sua operação segue protocolos rigorosos estabelecidos pela FIFA, garantindo a padronização global da tecnologia.

Questões sobre Manipulação de Imagens do VAR

A sessão também abordou a suposta manipulação de imagens do VAR, levantada por John Textor e questionada pelo senador Carlos Portinho. Seneme esclareceu que o árbitro de vídeo não é obrigado a mostrar todos os ângulos ao árbitro de campo, seguindo protocolos que visam evitar longas interrupções no jogo. Essa resposta gerou surpresa e preocupação no senador Portinho, que propôs uma investigação sobre a seleção de ângulos exibidos pelo VAR.

A Dupla de Arbitragem Raphael Claus e Daiane Muniz

Outro ponto discutido foi o número elevado de escalações da dupla Raphael Claus e Daiane Muniz no Campeonato Brasileiro de 2023. Seneme defendeu essa escolha, mencionando o alto nível de preparação e entrosamento entre os dois árbitros. "Raphael Claus é considerado um dos melhores árbitros da América do Sul, e a Daiane Muniz é uma árbitra assistente de vídeo do mesmo nível", justificou.

Consequências do Depoimento

O depoimento de Seneme na CPI trouxe à tona várias questões sobre a integridade da arbitragem e o uso da tecnologia no futebol. Sua defesa veemente dos árbitros e das práticas da CBF contrastou com as acusações de manipulação, ressaltando a complexidade e a importância de se manter a transparência e a confiança no esporte. As declarações de Seneme certamente continuarão a repercutir nos próximos dias, com possíveis investigações e debates sobre a operação do VAR e a integridade dos jogos.

Senador Carlos Portinho sai ‘muito preocupado’ de sessão de CPI

O senador mais lúcido na CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, Carlos Portinho, saiu preocupado da sessão desta quinta-feira (6/6) no Senado Federal, em Brasília. A razão é a confirmação por parte de Wilson Luiz Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, de que o VAR pode omitir imagens que envia ao árbitro de campo, como denunciou o acionista da SAF do Botafogo, John Textor.

– Muito preocupado. Porque isso veio em denúncia de John Textor, em jogo específico, veio clubismo de alguns, porque é contra o Palmeiras ou Botafogo, isso não é o mais importante. Também não é mais importante se foi falta ou não foi, porque isso é interpretação. A importância que vejo na denúncia de Textor, e que se confirmou, é que nem todos os frames são enviados a campo. Isso acho grave porque pode ter ocorrido em muitos outros jogos, o VAR selecionar as imagens que quer mandar a campo. É questão técnica, Seneme tem que se debruçar, pode ter sido por erro, pode ter sido por desnecessidade, mas pode também ter acontecido em muitos jogos a cabine do VAR ter selecionado. O futebol hoje, com as apostas principalmente, não pode ter uma porta aberta. O papel da CPI é fechar todas as portas – afirmou Portinho, em entrevista coletiva.

– Estamos vivendo lei de apostas, que diziam que era para arrecadar, e até agora não tem nem regulamentação. Continua tudo como antes. E, pior, o futebol tem por diversas vezes tido a credibilidade ameaçada por manipulação de apostas. Antes tivemos caso de manipulação de resultados, agora tem concorrência danosa da manipulação de apostas. O que estamos vendo na CPI é que não há um canal que os clubes possam denunciar para a CBF. Vão denunciar para quem? Leila (Palmeiras) disse que para o presidente da CBF, nem todo mundo tem acesso. Faltam canais de comunicação, falta integração entre CBF e órgãos que deveriam estar ativamente fiscalizando, como o Ministério Público. O de Goiás fez excelente trabalho, esse bote tem que ser rápido, o tempo pode prejudicar, porque não há como voltar atrás. Nós temos que exigir que arbitragem, casas de apostas, clubes, atletas e o organizador da competição assinem documento com acordo de não corrupção. Vai evitar? Não sei. Mas vai inibir e prever as penalidades e as consequências. Nosso papel é empurrar o futebol para que crie seus mecanismos de controle e de defesa. A porta aberta é o caminho da crime – explicou.

O senador deu razão a John Textor.

– Ele confirmou a preocupação, sempre falei que não se deveria desprezar as denúncias do Textor. mesmo que estivesse 99% errado, 1% é suficiente. Para qualquer um poder abrir investigação e ela ser tratada de maneira séria. A falta de canais de comunicação fez possivelmente o Textor ter que jogar no ventilador, na imprensa, para todo mundo. Se tivesse, ia protocolar no canal. Mais que isso, o indício, não a prova, quem apresenta não tem obrigação de provar. Isso é papel da CBF e do Ministério Público. Não sabemos quem denunciou o caso do Paquetá, não é importante, o importante é a investigação. Hoje se confirmou pelo menos o que eu suspeitava, uma situação difícil de atenção, que nem todos os fragmentos que o VAR tem acesso são enviados a campo. Pode não ter acontecido só no jogo Palmeiras x Botafogo (Brasileirão-2023), pode ser que com as imagens o resultado fosse o mesmo, mas a questão é a materialidade. Confirmamos que não foram a campo todas as imagens da cabine do VAR, o que pode acontecer em muitos jogos e ninguém saber – completou.

Senador pedirá que MP investigue manipulação de imagens do VAR na expulsão de Adryelson

O senador Carlos Portinho (PL-RJ) afirmou que vai pedir que seja aberta uma investigação pelo Ministério Público sobre a manipulação das imagens do VAR no lance da expulsão do zagueiro Adryelson no jogo Botafogo 3x4 Palmeiras, pelo Brasileirão-2023. O lance foi exibido durante o depoimento do presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Wilson Luiz Seneme, nesta quinta-feira (6/6).

– O que está acontecendo na minha opinião é uma interferência da cabine do VAR além do que ela pode e do que a Fifa autoriza na decisão da arbitragem. No lance do Adryelson houve, por erro ou erro de manipulação, a manipulação das imagens na expulsão. O coitado do árbitro de campo perguntava se ele chegava no primeiro na bola e não mandaram para ele duas câmeras, uma delas que via que o Adryelson chegou muito antes que o jogador do Palmeiras na bola. Das denúncias do Textor, a mais grave é essa! Ali houve manipulação, ou seja, os fragmentos de imagem que a cabine do VAR viu não foram todos que foram enviados para a arbitragem – disse Portinho.

– Se o árbitro de campo tivesse acesso a essa imagem, a decisão dele seria completamente diferente. Não estou dizendo que é manipulação de resultado, pode ter sido só um erro, mas o conjunto de imagens que o VAR teve acesso, não foi esse fragmento encaminhado ao árbitro de campo. Isso para mim tem materialidade. Inclusive, deveria ser preocupação de todos os clubes do Brasil. Deixa sob suspeita se todas as imagens que a cabine do VAR enxerga são transmitidas. Esses profissionais atrapalharam o árbitro de campo. E, pior, omitiram a imagem que era determinante para a decisão do árbitro que estava correta desde o início. Isso é manipulação de imagem. Isso foi a coisa mais séria, que justifica uma investigação ser aberta no Ministério Público. Vou no relatório pedir, porque a imagem foi suprimida – completou o senador fluminense.

O vice-presidente da CPI, Eduardo Girão (NOVO-CE), considerou gravíssimo o problema e concordou com a decisão de Portinho de ir ao MP pedir uma investigação.

– A torcida não teve acesso a essas imagens durante a transmissão, só foi revelado depois. Foi uma lavagem cerebral para mostrar que esse lance estava normal, depois a verdade veio à tona. Acredito que as imagens devem ser disponibilizadas pelo princípio da transparência para todo mundo. É gravíssimo isso. É manipulação de imagens, tem que pedir investigação desse caso. O torcedor fica pensando: “Estão me suprimindo o quê?” – protestou Girão.

Este artigo busca trazer uma visão detalhada e informativa sobre o depoimento de Wilson Luiz Seneme na CPI da Manipulação de Jogos, abordando as principais questões e suas possíveis consequências para o futebol brasileiro.

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Por Thiago Guedes

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Sou Thiago Guedes, Jornalista e Publicitário. Fiz da internet o meu país e nas minhas redes sociais não coloco ninguém em vacilo. Aqui no portal, servimos bem para servirmos sempre! Você confere todas as noticias do Botafogo, os jogos do Botafogo hoje, horário do jogo do Botafogo, classificação e tabela completa atualizada e muito mais!

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