O Botafogo, um dos clubes mais tradicionais do Brasil, vive um momento de grandes mudanças e incertezas. A chegada de John Textor e sua empresa, a Eagle Football Holdings, trouxe esperança. O clube saiu de uma situação difícil, como a disputa da Série B, para conquistar títulos importantes. Mas agora, os bastidores estão agitados.
Há uma verdadeira "guerra" por poder e dinheiro na Eagle Football, que é a dona da SAF do Botafogo. Mudanças importantes na diretoria da empresa, a busca por novos investidores bilionários e até reuniões secretas do presidente do clube social, o Botafogo, sem o conhecimento de Textor, estão colocando tudo em jogo.
Neste artigo, vamos explicar de forma simples e direta o que está acontecendo nos bastidores da Eagle e do Glorioso. Falaremos sobre a saída de um diretor importante, as dívidas que Textor revelou entre o Botafogo e o Lyon, e a possível chegada de um novo sócio. Tudo isso impacta o futuro do Botafogo e o planejamento do time. Fique por dentro de todas as notícias do Botafogo e do cenário complexo que a Eagle enfrenta.
Saída na Eagle e o Agradecimento de John Textor
A primeira grande novidade é a saída de Christopher Mallon, que era o Diretor Independente da Eagle Holdings Bidco Limited (uma parte da Eagle Football). Ele sai do cargo no dia 15 de outubro. Mallon celebrou as conquistas do período em que esteve na empresa, desde maio de 2025.
O Legado de Mallon na Eagle
Mallon destacou que ele e sua equipe trabalharam muito. Eles ajudaram a finalizar a venda das ações do Crystal Palace e trouxeram mais estabilidade financeira para o Olympique Lyonnais (Lyon). Além disso, fizeram uma grande revisão das contas do grupo.
Mallon desejou sucesso para os clubes da Eagle: “Agora é o momento certo para uma nova equipe assumir e levar a Eagle a um novo patamar. Desejo o melhor para todos os grandes clubes e colaboradores que fazem parte do Grupo Eagle”.
A Resposta de John Textor
John Textor, que é o dono da Eagle Football, fez um agradecimento público a Mallon. O empresário reconheceu o esforço do diretor e de sua equipe. Textor lembrou que Mallon chegou em um momento de transição, quando a empresa estava saindo do investimento no Crystal Palace e ajudou a garantir que o Lyon ficasse na elite do futebol francês, a Ligue 1, se classificando até para a UEFA Europa League.
Segundo Textor, a saída de Mallon já estava planejada. Ela acontece após a conclusão de uma primeira fase importante de trabalho na Eagle Football.
Quem Vai Entrar no Lugar de Mallon?
A saída de Christopher Mallon deixou uma vaga em aberto. A empresa Ares, que tem participação na Eagle, já indicou dois nomes para o cargo: Stephen Welch e Justin Le Fort, ambos empresários.
O novo diretor terá um papel muito importante: fiscalizar as finanças dos clubes da Eagle, incluindo o Botafogo. O poder de escolha final é de John Textor. A Ares pode apresentar um terceiro nome se Textor não gostar dos dois primeiros. Mallon sai por motivos pessoais, mas sua saída mexe com a estrutura de controle das contas do Botafogo.
O Bilionário Grego e a Luta pelo Botafogo
Em meio a toda essa reestruturação na Eagle, há uma disputa importante envolvendo a SAF do Botafogo. John Textor tem buscado um novo sócio ou um comprador para a SAF do clube. O nome que está em foco é o do grego Evangelos Marinakis.
O Interesse de Evangelos Marinakis
Marinakis é um bilionário conhecido no mundo do futebol. Ele é o dono do Nottingham Forest, da Inglaterra, e do Olympiacos, da Grécia. Segundo informações de repórteres, Textor e Marinakis têm conversado muito. O interesse do grego é real, mas ainda não há uma proposta formal no papel.
Textor estaria apresentando a Marinakis o cenário financeiro e esportivo do Botafogo. O objetivo do americano é que Marinakis envie uma carta para a Eagle, propondo investir no Glorioso. Isso seria uma espécie de "salvação" para Textor e uma solução para a disputa societária que ele enfrenta na Eagle. O valor do investimento está na casa dos 150 milhões a 200 milhões de dólares.
O comentarista Caio Ribeiro confirmou o forte interesse de Marinakis no futebol brasileiro: “O Marinakis está louco para pegar um clube no Brasil”. Ele já tentou fechar negócios com a base do São Paulo e quase virou dono do Vasco da Gama, mas as negociações não foram adiante.
O Alerta sobre a Gestão "Personalista"
Apesar de ser um bilionário com muito dinheiro, o apresentador André Rizek fez uma ponderação importante. Rizek destacou que Marinakis tem uma gestão "personalista". Isso significa que ele gosta de mandar do jeito dele, como um "velho cartola" de antigamente. Ele chega a entrar em campo para brigar com o técnico.
Rizek alertou: "Botafogo, Cruzeiro, Flamengo, Inter, Grêmio são clubes muito grandes para chegar um grego, um marciano... e falar: 'A partir de agora eu mando aqui do jeito que eu quiser'". O jornalista sugere que qualquer parceria deve ser feita com muito cuidado para não prejudicar o Botafogo.
Dívidas Reveladas: Botafogo, Lyon e Eagle
Outro tema que agitou as notícias do Botafogo foi a revelação de valores de dívidas entre o clube, o Lyon e a Eagle. Como os clubes faziam parte do mesmo grupo, houve muitos negócios, transferências e empréstimos de jogadores. Com o fim do caixa único, a questão de quem deve para quem ficou no ar.
Os Números da Dívida
John Textor revelou os valores em uma entrevista. Ele explicou que o Lyon deve muito dinheiro ao Botafogo, mas o Botafogo também deve para o Lyon.
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O quanto a Eagle/Lyon deve ao Botafogo? Perto de US$ 160 milhões (aproximadamente R$ 853 milhões).
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O quanto o Botafogo deve à Eagle/Lyon? Em valor líquido, perto de US$ 92 milhões (aproximadamente R$ 492 milhões).
Textor Não se Arrepende
Apesar das críticas sobre o modelo de negócios da Eagle, que envolvia a troca de jogadores entre os clubes, Textor defendeu o modelo. Ele disse que as decisões eram tomadas em conjunto, entre Brasil e França.
Textor destacou que a colaboração foi valiosa para o Botafogo, pois trouxe jogadores de qualidade, como Almada, Luiz Henrique, e Igor Jesus. Segundo ele, esses atletas vieram com a promessa de um caminho para jogar na Europa, mas ajudaram o Botafogo a ganhar campeonatos no Brasil.
O empresário reforçou que, com o troféu da Libertadores na mão, ele não tem o que se arrepender: "Quando estou sentado com esse troféu... não posso estar arrependido”.
Reunião Secreta e a Busca por um "Botafogo Sem Textor Absoluto"
A disputa societária na Eagle está tão forte que o clube social do Botafogo (a parte que não é a SAF) já começou a se movimentar, pensando em um futuro diferente.
Encontro com Acionista Minoritário
O presidente do Botafogo associativo, João Paulo Magalhães Lins, teve uma reunião importante e discreta com um acionista minoritário da Eagle Football. O encontro foi com Jean-Pierre Conte, que detém 3% das ações da empresa. Conte chegou à Eagle porque fez um empréstimo para Textor, tendo as ações da empresa como garantia.
Segundo as informações, o presidente João Paulo se reuniu com Conte para debater "possíveis caminhos de um Botafogo sem o Textor como esse cara absoluto". Jean-Pierre Conte não gosta que o conselho da Eagle seja mandado e desmandado apenas por Textor e, por isso, aceitou conversar.
A Reunião Sem o Conhecimento de Textor
O mais surpreendente é que o encontro entre João Paulo e JP Conte aconteceu sem que John Textor soubesse. A reunião foi em Paris, depois da premiação da Bola de Ouro no mês passado.
O repórter Sergio Santana explicou que o clube social está preocupado com a demora de Textor em dar uma solução para o clube. Há o medo de que o Botafogo volte a "afundar". Por isso, o presidente do clube social se encontrou com o acionista, sem avisar Textor. Isso é um sinal claro da tensão e da falta de confiança nos bastidores.
A Trajetória de Textor no Botafogo: Reflexões e Cobranças
Em meio a tantos problemas na Eagle, John Textor também fez uma reflexão sobre sua trajetória à frente do Botafogo em um podcast britânico.
A Dificuldade da Chegada e a Pressão no Brasil
Textor lembrou a situação difícil do Botafogo quando ele comprou a SAF. O time tinha acabado de subir da Série B, com pouquíssimos jogadores de primeira divisão e pouco tempo para montar um elenco. O empresário classificou o ano de 2023 como "horrível", quando o time liderou, mas "colapsou" no final do Campeonato Brasileiro.
Sobre a pressão dos torcedores, Textor fez uma comparação forte: “Protestos de torcedores, protestos muito, muito violentos por lá... Eu não quero zoar meus amigos na Europa ou na Inglaterra, mas se vocês se acham durões, venham para o Brasil”. Ele citou protestos violentos após o desempenho ruim de 2023.
O Sucesso Inegável e a Persistência
Apesar dos momentos ruins, Textor destacou as conquistas. Ele lembrou os títulos no Brasil, a campanha na Copa da Inglaterra com o Crystal Palace e a classificação do Lyon para a Liga Europa. Sobre o Botafogo, ele celebrou: “Talvez o melhor ano em 120 anos no Brasil”. Textor também citou o fato de o Botafogo ter sido indicado entre os cinco melhores clubes do mundo na premiação da Bola de Ouro.
Ele também fez uma ressalva importante: clubes que buscam investidores (como o Botafogo e o Lyon) geralmente estão com grandes problemas financeiros. “As pessoas não vendem negócios perfeitos. Elas não vendem clubes perfeitos, isso nunca acontece de verdade”.
A Visão de André Rizek: Falta Quem Diga "Não" a Textor
O apresentador André Rizek, ao analisar o cenário conturbado do Botafogo em 2025, deu uma sugestão a John Textor.
O Problema da Gestão Solitária
Rizek acredita que Textor, que é novo no futebol, tem abraçado áreas em que deveria ter pessoas mais experientes do que ele. O jornalista citou a saída de Renato Paiva e as interferências de Textor nas escalações. O empresário não gostava da forma como o time jogava, o que causou atrito.
A grande crítica de Rizek é a falta de pessoas com moral para se impor: “Eu acho que falta no Botafogo gente do futebol que diga 'não' ao Textor, mesmo ele sendo o dono”. Segundo o jornalista, Textor precisa colocar gente que saiba dizer não a ele.
O Resultado Positivo em Meio ao Caos
Apesar de toda a crise, Textor perdeu o técnico, viu jogadores importantes saírem (Almada e Luiz Henrique) e se envolveu em uma briga societária ferrenha. Mesmo assim, o time estava na quarta colocação do Campeonato Brasileiro.
Rizek considerou esse um resultado "excelente" diante do caos. Ele argumentou que não é justo cobrar do Botafogo, que tem apenas quatro anos de gestão SAF, o mesmo que se cobra de Flamengo e Palmeiras, que estão há mais de dez anos se reorganizando e investindo.
“Se o seu ano caótico é ser quarto colocado, eu acho que é muito louco”, disse Rizek. Ele concluiu que o Botafogo não é "terra arrasada" e, se conseguir manter a base, tem tudo para começar o ano seguinte melhor.
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