O Botafogo vive dias agitados fora dos campos. John Textor, o empresário americano que comanda a SAF do clube, está no centro de uma verdadeira tempestade. A cada semana, surgem novas informações sobre a briga entre ele e a Eagle Football Holdings, a empresa que detém a maior parte das ações do Glorioso.
A situação é tão complexa que parece uma novela, com capítulos que se desenrolam a cada dia. De um lado, Textor, tentando renegociar o controle do Botafogo. Do outro, a Eagle e seus acionistas, com acusações sérias de má gestão e problemas financeiros.
A Polêmica com Rodrigo Mattos: Acusações Pesadas e Resposta Firme
A briga ganhou um novo capítulo com as declarações do jornalista Rodrigo Mattos, do UOL. Ele afirmou que John Textor "enganou pessoas, pegou um monte de dinheiro e não pagou ninguém". Mattos ainda ironizou os torcedores do Botafogo, dizendo que "se torcedor do Botafogo quer se iludir que ele é gênio das finanças, OK".
Essas falas não passaram despercebidas. Segundo o "Canal do Medeiros", John Textor deve ir à Justiça contra Rodrigo Mattos. O empresário quer que o jornalista prove na Justiça as acusações que fez. A situação promete esquentar ainda mais nos tribunais.
Por Que Tanta Confusão? A Disputa Pelo Botafogo
A raiz de toda essa briga está na Eagle Holdings, a empresa que, até recentemente, era controlada por John Textor. A Ares Management e a Iconic, que têm processos contra Textor, teriam assumido o controle da Eagle Holdings. Ao analisar as contas da empresa, eles teriam encontrado o que chamam de "má gestão", com problemas nas finanças da holding, do Lyon (outro clube de Textor) e também do Botafogo.
O "Empréstimo" de Textor para Ele Mesmo
Uma das revelações mais curiosas dessa história é um empréstimo de 22 milhões de euros feito por John Textor para a Eagle. O detalhe é que ele assinou o documento como dono da Eagle e, ao mesmo tempo, como SAF do Botafogo. Ou seja, ele emprestou dinheiro para ele mesmo, o que gerou muitas críticas e comparações inusitadas.
Textor usou esse empréstimo para justificar um pedido de congelamento das ações do Botafogo na Justiça do Rio de Janeiro. Ele alegou que a Eagle estava em crise e que as ações do Botafogo precisavam ser protegidas. Com isso, as ações ficaram "congeladas", impedindo que a Eagle (agora sem o controle de Textor) interviesse no clube.
Quem Causou a Crise? O Debate se Intensifica
A pergunta que fica é: quem criou essa crise financeira na Eagle? Rodrigo Mattos é enfático ao dizer que foi o próprio Textor, já que ele era o gestor da empresa até abril. Para o jornalista, Textor "pegou um monte de dinheiro para comprar esses fundos, não pagou ninguém, e essas pessoas tomaram o poder da empresa".
Essa é a grande questão: Textor, que causou a suposta crise, agora usa essa mesma crise para tentar manter o Botafogo sob seu controle no Brasil. É um enredo digno de filme, com muitas reviravoltas e acusações.
O Apoio de Durcesio Mello: Uma Amizade Inabalável
Em meio a todo esse caos, John Textor recebeu um apoio importante: o do ex-presidente do Botafogo, Durcesio Mello. Em suas redes sociais, Durcesio postou uma foto ao lado de Textor com a frase: "Estou com o amigo que o BOTAFOGO me deu até a morte".
Durcesio foi presidente do Botafogo entre 2021 e 2024, período em que o clube saiu da Série B para a Série A, virou SAF e conquistou títulos importantes como a Libertadores e o Campeonato Brasileiro. Esse apoio mostra que, apesar das polêmicas, Textor ainda tem aliados fortes dentro do clube.
O "Botafogo Way": A Filosofia de Jogo de Textor
Em meio às batalhas judiciais, John Textor também falou sobre o que ele chama de "Botafogo Way". No documentário "L'arrivo: A chegada", da "Botafogo Films", ele explicou sua filosofia de jogo.
Para Textor, o "Botafogo Way" é uma mentalidade de "jogar para frente", com ambição e coragem. Ele enfatiza que o time nunca deve jogar para não perder, mas sim para vencer. Essa mentalidade de ataque constante e ousadia é o que ele espera do Glorioso.
O Mistério do Financiamento: Marinakis Nega Envolvimento
Uma das notícias que circularam recentemente foi a de que o magnata grego Evangelos Marinakis estaria financiando a recompra do Botafogo por John Textor. No entanto, os advogados de Marinakis negaram veementemente essa informação.
Em nota, eles afirmaram que "não há negócio com o Sr. Textor. Não há empréstimo, financiamento ou cooperação em torno de ações do Botafogo". Essa declaração desmente os boatos e adiciona mais um ponto de interrogação à saga de Textor e o futuro do Botafogo.
O Empréstimo Conversível: Uma Nova Versão da ESPN
Apesar da negativa de Marinakis, a ESPN divulgou uma versão diferente. Segundo a emissora, Marinakis já teria assinado um "empréstimo conversível" para Textor, que seria usado para resolver o problema com a Ares Management.
Nesse modelo de empréstimo, se Textor não pagar a dívida dentro de um prazo, Marinakis assumiria as ações do Botafogo e se tornaria o novo dono da SAF. Essa informação, se confirmada, mudaria completamente o cenário e adicionaria um novo jogador de peso à trama do Bota.
A Comparação com o Vasco e a Segurança Jurídica no Brasil
A situação do Botafogo e da Eagle Football foi comparada à do Vasco com a 777 Partners pelo jornalista Paulo Vinicius Coelho (PVC). Ele levantou um ponto importante sobre a segurança jurídica para investidores estrangeiros no Brasil.
PVC argumentou que as decisões judiciais, tanto no caso do Botafogo quanto no do Vasco, podem passar a mensagem de que não há segurança para quem investe no futebol brasileiro. Ele ressaltou que, embora os casos sejam diferentes, ambos envolvem congelamento de ações ou afastamento de controle, o que pode afastar futuros investidores.
Para PVC, a SAF não é um milagre, mas um modelo de negócio. Ele citou exemplos de sucesso e fracasso de SAFs na Europa e alertou que, no Brasil, a solução de problemas como os do Botafogo e Vasco será longa e incerta.
O Futuro Incerto do Glorioso: Disputa nos Tribunais
O futuro do Bota está em jogo. A Eagle Football Holdings, que é a dona de 90% das ações da SAF, só aceita vender o clube para John Textor se ele sair do controle. Eles alegam conflito de interesses e preferem negociar o Botafogo com um terceiro interessado.
No entanto, uma decisão judicial no Rio de Janeiro mantém John Textor no controle das operações do Botafogo, o que impede qualquer mudança na situação. Ou seja, a briga continua, e o destino do Glorioso está sendo decidido em tribunais no Brasil, nos Estados Unidos e no Reino Unido.
É um cenário complexo e que deve se arrastar por um bom tempo. A torcida do Botafogo acompanha tudo de perto, na expectativa de que essa situação se resolva da melhor forma para o clube.
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