O Botafogo enfrentou um duro revés no último jogo contra o Bahia, perdendo por 2 a 1 em uma partida marcada por decisões controversas do VAR. Artur Jorge, técnico do Botafogo, fez uma análise crítica do jogo, enfatizando a entrega e o desempenho dos jogadores, apesar do resultado negativo. "Fizemos um bom jogo, com chances claras, mas um gol anulado injustamente desestabilizou o plano de jogo", comentou Jorge.
Momentos Cruciais do Jogo
O jogo teve seus momentos decisivos no fim do primeiro tempo e no início do segundo. Um gol contrário foi marcado em uma jogada questionável, onde a bola tocou no braço do atleta adversário, gerando controvérsias sobre a interpretação das regras por parte da arbitragem.
Com bom senso e justiça, podemos avaliar que o Botafogo fez um bom jogo, procurou ganhar. No primeiro tempo teve uma excelente defesa do John, uma oportunidade clara do nosso rival, fizemos um gol também, tivemos chances. Sofremos um gol aos 45′ de um lance totalmente ineficaz do rival, num cruzamento que a bola bate no braço do nosso atleta. O Botafogo reagiu rapidamente, fizemos um gol com um minuto e meio no segundo tempo, para mim é gol claro. É gol, não há nenhum impedimento que justifique a invalidação desse gol. Continuamos trabalhando, fizemos mais um gol… Fizemos tudo para tentar ganhar num plano de jogo que acabou se alterando no final para tentarmos aproveitar as circunstâncias do jogo. Dentro dessa avaliação, estou satisfeito com o desempenho dos atletas. Não estou satisfeito, nem nós, nem a torcida, pelo resultado. Lamento muito mais pelos torcedores do que por mim, mas sei como perdemos, porque perdemos e isso simplifica a forma que temos que trabalhar para voltar a ganhar.
Reação e Desempenho do Time
Apesar do gol desfavorável, o Botafogo reagiu rapidamente, marcando um gol logo no início do segundo tempo, que foi anulado pelo VAR, adicionando mais frustração para a equipe e para a torcida. "Continuamos lutando, buscando o jogo, mas nem sempre a justiça prevalece no futebol", acrescentou o técnico.
Meus atletas que estão nesse momento frustrados com o resultado são os mesmos que conseguiram cinco vitórias seguidas. Não vai ser esse resultado que vai ter impacto emocional e na vontade de ganhar o jogo de quarta-feira. O Botafogo é feito disso, de saber que quando sofremos, sofremos juntos, mas vamos nos preparar para poder levantar de forma capaz e competente para buscar a vitória quarta-feira.
O que não repetimos foi essencialmente o resultado. Hoje tivemos uma atitude comportamental que muito me agrada em alguns momentos. Os jogadores fizeram tudo para vencer o jogo, tiveram um comportamento ao nível do que tiveram em jogos anteriores. O resultado nos avalia, eu enquanto técnico, a equipe enquanto performance. Temos que rapidamente reagir porque daqui a três dias estamos competindo de novo pela Libertadores. Não podemos ficar agarrados a nada, uma sequência de vitórias é importante, vamos agarrar uma próxima sequência rapidamente já a partir de quarta-feira.
Preparação Para os Próximos Desafios
Com o revés, o Botafogo perde a liderança do Campeonato Brasileiro, mas não o foco. Artur Jorge já projeta a próxima partida da Libertadores contra a LDU. "Essa derrota não afeta nossa moral. Os mesmos jogadores que conseguiram cinco vitórias consecutivas são capazes de se reerguer para o próximo desafio", afirmou.
A lição (que tira) é o resultado final. O que nos avalia é essencialmente o resultado. Hoje não foi o resultado que queríamos, temos que dar mérito ao adversário, mas acabamos não tendo a capacidade de superar o adversário essencialmente nas conclusões. Criamos algumas oportunidades, fizemos três gols, só um contou, o segundo fica para vocês avaliarem em relação à justiça na sua invalidação. Ficamos insatisfeito com o que produzimos.
Estratégia e Resiliência do Botafogo
O técnico ressaltou a importância de aprender com os erros e se adaptar rapidamente. "Temos que manter a cabeça erguida e preparar a equipe para não apenas enfrentar, mas vencer os próximos desafios", concluiu Jorge.
Minha função é tomar decisões. Pensamos numa forma de chegar ao gol. Estávamos por cima do jogo naquele momento, tínhamos mais bola nos corredores, tentamos colocar mais um homem junto do Júnior (Santos) e, face à escassez de homens de área que temos, optamos por colocar o Barboza por ser forte no jogo aéreo. A ideia era conseguir ter mais bolas do Cuiabano e do Diego (Hernández) e tentarmos com isso ganhar o jogo. Procuramos estrategicamente montar a equipe de forma a tentar chegar ao segundo gol. Não teve o efeito que desejávamos, tenho que assumir essa responsabilidade, mas quando perder, que assim seja. Procurando ganhar, estando próximo à área, tendo 16 finalizações… Que assim seja, que quando perca, que pelo menos tenhamos ambição e vontade de ganhar.
Não é um treino que eu faça especificamente para estar preparado para quando isso aconteça. É uma situação de recurso. Já tivemos em situações de treino em finalização, na área contrária, mais próximos dos zagueiros contrários, portanto achamos que poderia ser possível de chegarmos ao gol pelo fato de termos dois homens fortes na área naquele momento.
Por Thiago Guedes
