O Botafogo se despediu da Copa do Mundo de Clubes neste sábado (28/6), após uma emocionante eliminação na prorrogação diante do Palmeiras, no Lincoln Financial Field, na Filadélfia. Apesar da derrota por 1 a 0, o técnico Renato Paiva demonstrou grande orgulho da trajetória do time alvinegro na competição. Em coletiva de imprensa após o jogo, o treinador falou sobre os desafios enfrentados, destacou o crescimento da equipe e respondeu às críticas da imprensa e de torcedores.
Neste artigo, você vai entender os principais pontos da entrevista, o que vem por aí para o Glorioso e como o técnico projeta a sequência da temporada.
Desempenho no Mundial: orgulho apesar da eliminação
Um caminho difícil até as oitavas de final
O Botafogo enfrentou um grupo complicado na fase inicial da Copa do Mundo de Clubes, com adversários como Seattle Sounders (EUA), Paris Saint-Germain (França) e Atlético de Madrid (Espanha). Mesmo assim, conseguiu avançar com atuações sólidas, surpreendendo até mesmo os mais pessimistas.
Contra o Palmeiras, o Glorioso teve um duelo equilibrado, que só foi decidido na prorrogação com gol de Paulinho. Apesar da eliminação, Paiva destacou que o time competiu de igual para igual com uma das equipes mais entrosadas do Brasil.
As palavras de Renato Paiva: "orgulho" foi a tônica
"Os jogadores deixaram tudo em campo"
Em sua análise, Renato Paiva disse estar orgulhoso dos atletas, mesmo com o revés. Ele ressaltou que o Botafogo fez um jogo inteligente e que a equipe soube reagir após um começo de partida difícil.
"Tivemos chances, não fizemos o gol e eles sim. Não começamos bem, mas terminamos o segundo tempo jogando com a bola, como eu queria", afirmou o treinador.
Diferença de tempo de trabalho
Paiva também comparou sua curta trajetória à frente do Botafogo com o tempo que outros técnicos tiveram para construir suas equipes. Enquanto enfrentou treinadores como Luis Enrique (PSG), Diego Simeone (Atlético de Madrid) e agora Abel Ferreira (Palmeiras), ele ainda está no início de sua jornada.
"Do outro lado estavam times consolidados. O Palmeiras é um time que se conhece de olhos fechados. Nós ainda estamos em construção", disse.
Estratégia contra o Palmeiras: escolhas e contexto
Reforços com pouco tempo de treino
O treinador explicou que a estratégia era conter o ímpeto inicial do Palmeiras, usando a base da equipe já entrosada e lançando os novos reforços no segundo tempo, como Joaquín Correa e Montoro.
"Não se coloca um jogador de paraquedas contra uma equipe que se conhece bem. Queria um jogo que avançasse para eu poder lançar os novos atletas no momento certo", detalhou Paiva.
Resposta a Abel Ferreira: “Não temos um Paulinho”
Rebate sobre investimento
Após o técnico do Palmeiras sugerir que o Botafogo investiu pesado em reforços, Paiva respondeu de forma firme. Ele lembrou que o clube paulista pagou € 18 milhões (R$ 115 milhões) por Paulinho, autor do gol da vitória.
"Não temos nenhum jogador que custou o valor do Paulinho. É muito bonito jogar isso para cima dos outros, mas nós temos que ser justos", rebateu Paiva.
Investimentos conscientes
O treinador valorizou o trabalho da diretoria e do departamento de scouting do Botafogo, que buscou reforços estratégicos e ainda está em processo de integração com o elenco.
A contratação mais cara do Botafogo em 2025 foi o meia-atacante Santiago Rodríguez, por US$ 15 milhões (cerca de R$ 85 milhões), valor inferior ao de Paulinho.
O que vem por aí: foco nas próximas competições
Temporada ainda tem Libertadores, Brasileirão e Copa do Brasil
Apesar da eliminação no Mundial, o Botafogo tem uma temporada intensa pela frente. O clube segue na disputa da Libertadores, do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil, com grandes expectativas.
Renato Paiva destacou que agora terá tempo para treinar o elenco, algo raro no calendário brasileiro, e promete um time mais entrosado nas próximas semanas.
"Agora teremos dias para treinar, receber os novos jogadores e entrosá-los com o grupo. Vamos voltar diferentes", disse.
Paiva quer grupo com cabeça erguida
Mensagem para os jogadores e torcida
O técnico contou que o clima no vestiário após o jogo era de tristeza, mas reforçou que o sentimento deve ser de orgulho. Ele pediu que os jogadores não abaixem a cabeça, e sim valorizem o que foi construído em tão pouco tempo.
"É um grupo de campeões. Mas vou proibir que olhem para o chão. O mundo hoje conhece melhor o Botafogo, e isso é graças a eles."
Avaliação geral da campanha no Mundial
O Botafogo ganhou mais do que perdeu
Mesmo sem seguir na competição, a campanha deixou boas impressões. O time mostrou capacidade de competir com gigantes do futebol mundial, conquistou respeito e deu visibilidade internacional ao clube.
Para os torcedores, fica a sensação de que o projeto está no caminho certo. A experiência no Mundial pode ser um divisor de águas para a temporada do Botafogo.
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