O Botafogo iniciou 2025 com grandes expectativas após conquistas importantes no ano anterior. No entanto, a realidade tem sido diferente. Com atuações abaixo do esperado e críticas intensas, o clube enfrenta uma fase difícil. Neste artigo, vamos analisar as principais notícias que explicam o momento turbulento do Glorioso.
1. Renato Paiva e o pior início na Era SAF
O técnico Renato Paiva vive um momento complicado no comando do Botafogo. Segundo dados levantados pela plataforma Sofascore, o treinador alcançou um dos piores inícios de trabalho entre todos os comandantes do clube desde o início da Era SAF (Sociedade Anônima do Futebol).
Aproveitamento muito baixo
Renato Paiva comandou o Botafogo em oito partidas até agora. Nesse período, ele conquistou apenas duas vitórias, dois empates e quatro derrotas. Isso representa um aproveitamento de apenas 33,3% dos pontos disputados.
Esses números são iguais aos de Lúcio Flávio, que também teve um desempenho fraco em 2023, quando assumiu o time de forma interina.
Apesar de Paiva ter sido contratado como uma aposta promissora, vindo de trabalhos anteriores no futebol internacional, a expectativa criada pela diretoria e pelos torcedores ainda não se concretizou. A performance do time tem sido abaixo do esperado, tanto em casa quanto fora.
Pior que treinadores com pouco tempo de casa
Mesmo treinadores que passaram rapidamente pelo clube, como Bruno Lage e Tiago Nunes, conseguiram resultados melhores em seus primeiros jogos. Isso acende um sinal de alerta dentro do clube e entre os torcedores.
Além do baixo aproveitamento, o Botafogo de Renato Paiva ainda não conseguiu vencer nem marcar gols fora de casa. Isso mostra uma dificuldade grave em jogar longe do Estádio Nilton Santos — um fator preocupante para uma equipe que disputa competições nacionais e internacionais.
Torcida perde a paciência
A torcida alvinegra, que se empolgou com o time em 2023 após boas campanhas, começa a demonstrar impaciência. As redes sociais estão cheias de críticas ao treinador, especialmente por não conseguir dar um padrão de jogo à equipe. Muitos torcedores também apontam que o time está desorganizado taticamente, lento nas transições e sem criatividade ofensiva.
Em campo, os jogadores demonstram pouca confiança e, muitas vezes, parecem desconectados das instruções do técnico. Isso ficou visível nos jogos da Libertadores e do Campeonato Brasileiro, onde o Botafogo teve atuações fracas e sem identidade.
Pressão aumenta para os próximos jogos
A pressão sobre Renato Paiva aumenta a cada rodada. O treinador precisa mostrar reação rapidamente, principalmente com os clássicos e os jogos decisivos pela Libertadores se aproximando.
Se os resultados não melhorarem, é possível que a diretoria comece a repensar o projeto atual. O próprio histórico da SAF mostra que mudanças podem acontecer rapidamente quando os resultados não aparecem.
2. Jorge Iggor critica gestão e desempenho
A derrota do Botafogo para o Estudiantes por 1 a 0, pela fase de grupos da Copa Libertadores, gerou uma enxurrada de críticas. Uma das mais fortes veio do narrador Jorge Iggor, do canal TNT Sports, que fez um desabafo pesado nas redes sociais e em seu canal no YouTube.
Durante mais de 10 minutos, ele criticou duramente o desempenho do time, o trabalho do técnico Renato Paiva e, principalmente, o planejamento do clube sob o comando de John Textor, dono da SAF do Botafogo.
“É um horror o Botafogo 2025”
Jorge Iggor não economizou nas palavras. Segundo ele, o time do Botafogo é um "bando em campo", sem organização e sem qualquer tipo de padrão tático.
“Mais uma atuação lamentável, indigna e repugnante do Botafogo 2025. É um horror o Botafogo. O time não compete, erra passes simples, facilita o jogo para o adversário e parece não ter nenhuma jogada ensaiada.”
Para ele, o principal responsável por essa situação é John Textor, que, segundo o narrador, fez um planejamento mal feito para a temporada. Iggor critica o fato de o clube ter tratado o começo do ano como “pré-temporada”, o que pode custar uma eliminação precoce na Libertadores.
“Disseram que a temporada só começaria em junho. Mas isso é palhaçada. A realidade chegou, e o time está à deriva.”
Críticas a Renato Paiva
Jorge Iggor também disparou contra o técnico Renato Paiva. Ele questionou a forma como o treinador monta o time e afirmou que o técnico não reconhece seus próprios erros.
“Paiva reclama do scout, dos jogadores, mas não fala sobre os erros dele. O time é mal posicionado, espaçado, não consegue pressionar e tem zero criatividade. É um time sem ideias.”
Além disso, ele apontou falhas na escolha dos jogadores que entram em campo, como a insistência em escalar Patrick de Paula, jogador que, na opinião dele, não está em condições físicas de competir em alto nível.
“Se existe um plano para recuperar o Patrick de Paula, esse plano precisa ser abortado. Ele não consegue competir fisicamente. É um erro insistir.”
Textor sob fogo
Boa parte do desabafo de Jorge Iggor foi direcionado a John Textor, dono da SAF do Botafogo. Segundo o narrador, o empresário subestimou o futebol brasileiro e achou que manter alguns jogadores do ano passado seria suficiente.
“Você foi arrogante, John Textor. Montou um planejamento fraco, achando que seria fácil. E agora colhe os resultados. Você errou, e o Botafogo está pagando o preço.”
Jorge afirmou ainda que o projeto do Botafogo é grande demais para Renato Paiva. Para ele, o atual técnico não tem a experiência ou a qualidade necessária para conduzir o clube neste momento de pressão.
“O clube campeão da Libertadores e do Brasileirão precisa de um técnico à altura. Paiva não é esse nome. E Textor sabe disso, mas insiste em não admitir o erro.”
3. Bastidores da derrota para o Estudiantes
A derrota por 1 a 0 para o Estudiantes, na Argentina, pela Libertadores, expôs ainda mais os problemas dentro do Botafogo. O repórter Raphael Sibilla, da TV Globo, esteve à beira do campo e trouxe bastidores importantes sobre a forma como o time se comportou durante a partida.
Segundo Sibilla, o Botafogo mostrou um time desconectado, inseguro e desorganizado em campo. As instruções do técnico Renato Paiva não foram seguidas pelos jogadores, e o time acabou recuando demais, facilitando o jogo para os argentinos.
Instruções ignoradas e mudanças forçadas
De acordo com o repórter, a ideia de jogo de Renato Paiva era fazer uma marcação mais alta, pressionando o Estudiantes na saída de bola. Mas, no campo, o que se viu foi o Botafogo jogando com as linhas muito recuadas. O time deu muito espaço e permitiu que o adversário tivesse o controle da partida.
“O combinado era pressionar em cima, mas o time não cumpriu. Começou marcando baixo, sem compactação. Isso irritou demais o Paiva no primeiro tempo”, explicou Sibilla, no programa Seleção SporTV.
Sem confiança na construção desde a defesa, o treinador pediu para o goleiro John fazer lançamentos longos — os famosos "chutões" — para tentar quebrar a pressão. Isso também foi uma forma de evitar erros próximos à área do Botafogo, como quase aconteceu em um lance em que Danilo Barbosa foi pressionado e quase perdeu a bola.
“O Paiva viu que o time estava nervoso, sem confiança, e mandou quebrar. Ele passou essa ordem para o Danilo Barbosa, que avisou o John. Foi uma tentativa de ganhar espaço na base da bola longa.”
Time sem aproximação e espaçado
Outro ponto destacado por Sibilla foi a falta de aproximação entre os setores do time. O centroavante Igor Jesus, por exemplo, mal recebeu bolas em condições de finalizar. Em uma conversa com o repórter após o jogo, o atacante foi direto:
“Estamos muito longe um do outro. Não tem aproximação. A bola não chega.”
Essa declaração revela um problema tático grave: o Botafogo não consegue se conectar no meio-campo. Falta alguém para criar, pensar o jogo e distribuir a bola para os atacantes. O time depende muito dos laterais e das jogadas pelas pontas, e isso tem se mostrado ineficaz.
Renato Paiva tentou mudar isso durante o jogo. Pediu que a bola passasse mais pelo meio, girando entre os volantes e meias, mas o time continuou insistindo em jogadas pelas laterais, com pouca eficiência.
Patrick de Paula segue em teste
O técnico também deu mais uma chance a Patrick de Paula, mas o jogador ainda não conseguiu mostrar que está 100% fisicamente e tecnicamente. Ele entrou no segundo tempo, mas teve dificuldades para acompanhar o ritmo do jogo e pouco contribuiu na marcação e na criação.
A insistência em escalar Patrick tem gerado críticas, inclusive por parte de torcedores e jornalistas. Muitos acreditam que ele ainda não está pronto para disputar jogos em alto nível.
Torcida ausente na Argentina
Além do desempenho em campo, outro detalhe chamou a atenção de Raphael Sibilla: a falta de apoio da torcida. Em outras partidas internacionais, torcedores costumam receber o time na chegada ao hotel ou comparecer em peso ao estádio. Dessa vez, o cenário foi bem diferente.
“Dessa vez, não tinha nenhum torcedor brasileiro no hotel. Só um argentino que simpatiza com o Botafogo. Isso pode mexer com o emocional dos jogadores. No estádio, a torcida visitante era muito pequena, pouco mais de cem pessoas.”
A falta de mobilização da torcida pode ser reflexo do momento difícil do time e também da falta de confiança no trabalho atual. Isso afeta o clima dentro e fora de campo e pode influenciar diretamente no desempenho dos atletas.
4. Árbitro polêmico apitará clássico contra o Fluminense
A Comissão de Arbitragem da CBF escalou Bruno Arleu de Araújo para apitar o clássico entre Botafogo e Fluminense. Arleu havia sido afastado após polêmicas em jogos anteriores, mas retorna à Série A para essa partida decisiva. A escolha gerou controvérsias entre os torcedores .
5. Protestos no Lyon refletem insatisfação com John Textor
Torcedores do Lyon, clube francês também controlado por John Textor, realizaram protestos contra a gestão do empresário. Faixas como "Sua gestão nos deixa sem palavras" foram exibidas durante partidas, evidenciando a insatisfação com a administração do empresário .
6. Matheus Martins pede paciência à torcida
Após a vitória apertada sobre o Carabobo, o atacante Matheus Martins pediu paciência à torcida. Ele reconheceu as dificuldades da equipe em campo e afirmou que a vitória trará confiança para o time. Martins destacou a importância de ter paciência para encontrar os gols e melhorar o desempenho coletivo .
7. Desempenho abaixo do esperado na temporada
O Botafogo iniciou a temporada com derrotas inesperadas, como a contra o Estudiantes na Libertadores. Apesar de manter a base campeã, o time não conseguiu repetir o bom desempenho de 2024. A equipe apresenta dificuldades tanto no ataque quanto na defesa, refletindo a necessidade de ajustes táticos e motivacionais .
Conclusão
O Botafogo atravessa um momento delicado em 2025. Com atuações abaixo do esperado e críticas internas e externas, o clube precisa urgentemente de ajustes táticos e motivacionais. A torcida aguarda por mudanças que tragam de volta o brilho e a competitividade que marcaram a equipe no ano passado. Acompanhe as próximas partidas e fique atento às atualizações sobre o Glorioso.
