O Botafogo vive um momento de grandes decisões nos bastidores. Com a saída inesperada de Davide Ancelotti, o clube carioca corre contra o tempo para definir quem será o líder da equipe na temporada de 2026. O dono da SAF, John Textor, já assumiu as rédeas do processo e prepara uma série de entrevistas para escolher o nome ideal.
Neste artigo, vamos detalhar quem são os candidatos, os desafios das negociações e o que esperar do futuro do Fogão.
O Processo de Escolha: John Textor no Comando
Diferente de outros clubes, o Botafogo adota um modelo de seleção muito parecido com o de grandes empresas. John Textor não quer apenas um nome famoso; ele busca um perfil que se encaixe na filosofia de jogo do clube.
Para isso, Textor conta com o apoio de dois homens de confiança: Alessandro Brito e Léo Coelho. Eles analisam os dados e sugerem nomes, mas a palavra final e a condução das conversas são do empresário americano.
Entrevistas Antes de Propostas
Até o momento, o Botafogo não enviou nenhuma proposta oficial. O plano é claro: primeiro, Textor conversa pessoalmente (ou por vídeo) com os técnicos. Ele quer entender a mentalidade e os projetos de cada um. Só depois desse "olho no olho" é que o clube parte para a fase de valores e contratos.
Rafael Guanaes: O "Plano A" que Encantou o Brasil
O nome mais forte nos corredores de General Severiano é o de Rafael Guanaes. Eleito o melhor técnico do Campeonato Brasileiro pelo Mirassol, ele é visto como a grande revelação do país.
Por que Guanaes agrada tanto?
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Conhecimento Interno: Ele já trabalhou com Léo Coelho na base do Athletico-PR.
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Desempenho: Levou o Mirassol à quarta posição do Brasileirão e à fase de grupos da Libertadores.
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Estilo de Jogo: Suas equipes são organizadas e ofensivas, algo que Textor valoriza muito.
Os Desafios para Contratar Guanaes
Apesar do interesse, tirar Rafael Guanaes do Mirassol não será uma tarefa simples. O jornalista Arcílio Neto, do GE, listou alguns pontos que dificultam a saída:
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Multa Rescisória: O técnico renovou contrato até o fim de 2026. Se sair agora, teria que pagar uma multa equivalente a todos os salários até o fim do vínculo.
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Dívida de Gratidão: O Mirassol deu a chance de Guanaes estrear na Série A quando ele estava em baixa.
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Estabilidade: No interior paulista, ele tem total segurança no cargo, algo raro no futebol brasileiro.
Outros Nomes no Radar Alvinegro
Embora Guanaes seja o favorito, o Botafogo trabalha com uma lista de opções para não ficar de mãos abanando.
Vasco Matos (Santa Clara)
O português Vasco Matos é um nome que agrada há bastante tempo. Ele quase assumiu o clube em fevereiro de 2024, mas problemas com a licença de treinador impediram o acerto. Agora, ele volta a ser ventilado como uma opção viável.
Martín Anselmi (Ex-Porto)
O argentino Martín Anselmi também entrou na lista. Ele tem um currículo vitorioso, com títulos da Copa Sul-Americana e da Recopa pelo Independiente del Valle. Anselmi conhece o futebol brasileiro (foi auxiliar no Internacional) e está livre no mercado desde que deixou o Porto.
Diego Alonso
O uruguaio Diego Alonso, ex-Sevilla e seleção do Uruguai, foi oferecido ao clube. No entanto, a diretoria alvinegra, por enquanto, não demonstrou interesse em avançar nas conversas com ele.
Quem Está Fora da Jogada?
Muitos torcedores sonharam com o retorno de nomes vitoriosos, mas algumas portas estão fechadas no momento:
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Artur Jorge: O técnico campeão da Libertadores está no Al-Rayyan. A chance de retorno agora é considerada "zero". Além da multa de 6 milhões de dólares, ele ainda tem valores a receber do Botafogo (que estão sendo pagos em dia).
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Bruno Lage: Segundo jornalistas, a relação entre Lage e o clube não terminou bem, descartando qualquer reencontro.
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André Jardine e Vítor Pereira: Ambos foram citados em especulações, mas não estão nos planos da diretoria para 2026.
O Desafio da "Falta de Autonomia"
Um ponto levantado pelo jornalista PVC é o perfil do cargo no Botafogo. Segundo ele, o novo treinador chegará sabendo que não terá 100% de autonomia. Isso acontece porque o clube possui um departamento de futebol muito forte e centralizado em dados, onde as decisões são compartilhadas com a diretoria. Além disso, a rotatividade de técnicos nos últimos anos (11 nomes em três anos, entre interinos e efetivos) pode gerar insegurança em alguns profissionais.
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