A vida de um técnico de futebol não é fácil. Cada decisão é analisada, cada resultado é criticado. No Botafogo, a pressão aumentou depois da derrota por 1 a 0 para o Palmeiras, no Estádio Nilton Santos. A equipe, com muitos reservas, não conseguiu o resultado e a torcida presente no estádio vaiou alguns jogadores, como Joaquín Correa e Santi Rodríguez.
Para o técnico Davide Ancelotti, porém, a situação é mais complexa do que parece. Ele defende a equipe, justifica suas escolhas e mostra que a luta por resultados não para, nem no Brasileirão, nem na Libertadores.
A voz do técnico: defesa dos jogadores e a pressão da torcida
Após a partida contra o Palmeiras, Davide Ancelotti foi direto ao assunto. Ele saiu em defesa de Joaquín Correa e Santiago Rodríguez, jogadores que foram bastante criticados pelos torcedores. Correa perdeu um gol claro no primeiro tempo, e Santi Rodríguez cometeu muitos erros.
Mas para Ancelotti, esse tipo de crítica faz parte do jogo. Ele usou um exemplo de peso para ilustrar seu ponto: "No Santiago Bernabéu, vaiaram Zidane e vaiaram Cristiano Ronaldo". Para ele, os jogadores precisam ser fortes e continuar confiando em seu trabalho.
"Eles têm a máxima confiança do treinador. Vão continuar tendo oportunidades", garantiu o técnico. Ancelotti deixou claro que a atitude e o esforço dos atletas nos treinos e jogos são o que mais importa para ele. Essa postura mostra que o treinador busca construir um ambiente de confiança, onde os atletas se sintam seguros mesmo com as críticas. A defesa pública é uma forma de proteger seu grupo e mantê-lo unido.
A estratégia de risco: misturar o time e lidar com as lesões
A derrota para o Palmeiras gerou debates. Muitos se perguntaram por que Ancelotti poupou alguns titulares. A resposta é simples: a Libertadores. O jogo contra o Palmeiras aconteceu apenas alguns dias antes do confronto decisivo com a LDU, em Quito, no Equador. A altitude é um fator importante, e o desgaste físico seria enorme.
Ancelotti sabia que precisava poupar seus atletas mais importantes para o jogo na altitude. Ele reconheceu a situação complicada com as lesões, principalmente na defesa. Com a ausência de jogadores como Bastos, Kaio Pantaleão, Newton e David Ricardo, o técnico precisou improvisar. "É um momento que temos poucos zagueiros, mas é um momento", disse ele.
A adaptação é a palavra-chave. Ancelotti elogiou o desempenho dos jogadores que entraram em campo, mesmo em posições diferentes das que estão acostumados. Ele destacou, por exemplo, a atuação de Barboza e a necessidade de improvisar Marlon Freitas na zaga nos minutos finais. Essa capacidade de se adaptar às dificuldades mostra a força do grupo do Botafogo, que busca superar os desafios com o que tem em mãos. A esperança é que os jogadores lesionados se recuperem logo para que o time volte a ter mais opções.
Luta dupla: Brasileirão e Libertadores
Apesar da derrota, Ancelotti não joga a toalha em nenhuma das competições. O resultado contra o Palmeiras deixou o Botafogo ainda mais longe dos líderes do Brasileirão. No entanto, o treinador reforçou que o time não vai desistir.
"Não podemos desistir de nenhuma competição, sobretudo no Campeonato Brasileiro", afirmou. O Botafogo continua na luta, e a meta é terminar o campeonato na melhor posição possível. O técnico deixou claro que não poupa jogadores por considerar uma competição menos importante do que a outra, mas sim para ter um elenco em condições de jogar bem em ambos os torneios.
A partida contra a LDU é o foco principal agora. A vitória na ida por 1 a 0 dá ao Botafogo a vantagem de jogar pelo empate em Quito. Ancelotti tem esperanças de contar com reforços importantes.
Reforços à vista? A esperança de ter Arthur Cabral e David Ricardo
O departamento médico do Botafogo trabalha forte. O técnico Davide Ancelotti revelou que há chances de ter o atacante Arthur Cabral e o zagueiro David Ricardo no jogo contra a LDU. Os dois desfalcaram o time contra o Palmeiras e são peças importantes.
"Fico positivo com o que vai ter. Eles vão ter possibilidade de estar disponíveis no jogo de Quito", disse Ancelotti. A situação de Newton, porém, é mais delicada. A possível volta de Cabral, um atacante de peso, seria fundamental para a equipe no jogo decisivo. A volta de David Ricardo daria mais opções para a defesa, que está com poucas peças. A expectativa é que os testes médicos deem bons resultados para que o time tenha mais força na Libertadores.
A novidade no meio-campo: Allan como opção
O técnico também abriu a possibilidade de usar o volante Allan como titular contra a LDU. Allan é um jogador experiente, que conhece muito bem. Ancelotti elogiou o desempenho do atleta contra o Palmeiras e viu nele uma opção importante para a altitude.
"É claramente uma opção para o jogo de Quito, porque é um jogador muito experiente e que vai ajudar", afirmou o técnico. A experiência de Allan pode ser um fator decisivo para a partida na altitude, onde a calma e o controle de bola são essenciais. O técnico ainda não tem experiência em jogos na altitude, mas garantiu que o clube está se preparando para enfrentar o desafio. A capacidade de adaptação do Botafogo será colocada à prova, mas o time está pronto para o desafio.
A preparação para a altitude
O jogo em Quito será o primeiro de Ancelotti na altitude, mas o técnico garantiu que a equipe está pronta. O departamento médico do Botafogo preparou o time para o desafio. A delegação viaja na terça-feira, treina na quarta e joga na quinta.
"Vamos estar preparados, porque esse é um time que tem muita capacidade de adaptação e vamos ter que mostrar isso", assegurou o treinador. A união do grupo, a defesa do técnico e a preparação cuidadosa são os ingredientes que o Botafogo aposta para avançar para as quartas de final da Libertadores.
O próximo passo é agora, contra a LDU. A torcida, mesmo com as críticas, espera que o time traga a classificação para o Brasil. E o Botafogo, sob o comando de Ancelotti, segue focado e sem desistir de nenhuma competição.
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