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Lesões no Futebol: A Verdade Sobre o Gramado Sintético e o Debate que Divide a Opinião dos Jogadores
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Lesões no Futebol: A Verdade Sobre o Gramado Sintético e o Debate que Divide a Opinião dos Jogadores

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Estudos científicos contestam a ideia de que o gramado sintético causa mais lesões que o natural. Descubra o que está por trás dessa polêmica e o que a CBF está fazendo para investigar a questão.

Data Publicação:20/02/2025
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Nos últimos dias, a polêmica sobre o uso de gramado sintético nos campos de futebol ganhou força. Jogadores veteranos, como Neymar, e técnicos têm se manifestado contra a ideia de jogar em campos artificiais, alegando que eles causam mais lesões. A pressão sobre a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tem crescido, e a questão sobre a segurança desses gramados começa a ser debatida de maneira mais intensa. Mas será que essas preocupações têm fundamento? Ou será que estamos lidando com um mito? Neste artigo, vamos explorar o que os estudos científicos dizem sobre o assunto, o que está sendo feito pela CBF e qual a verdadeira relação entre o tipo de gramado e as lesões no futebol.

O Mito das Lesões no Gramado Sintético

A ideia de que os gramados sintéticos são mais propensos a causar lesões em jogadores vem sendo amplamente discutida. Muitos profissionais do futebol, incluindo atletas e treinadores, têm expressado preocupação com o impacto desses campos na saúde dos jogadores. No entanto, um estudo recente, publicado no respeitado jornal científico The Lancet em maio de 2023, desafiou essa noção.

A pesquisa analisou a relação entre lesões e o tipo de gramado, com foco exclusivo no futebol. O estudo envolveu dados de jogos em gramados sintéticos e naturais e concluiu que não há evidências científicas sólidas que provem que o gramado sintético cause mais lesões do que a grama natural. Essa descoberta foi um alívio para os defensores do uso do piso artificial, que muitas vezes são questionados por jogadores e técnicos preocupados com as possíveis consequências para a saúde dos atletas.

Flávia Magalhães, médica especializada em esportes, comentou sobre o estudo, explicando que a diferença no risco de lesões não é tão relevante quanto muitos imaginam. Para ela, a evolução do gramado sintético moderno tem reduzido o impacto nas articulações, algo que era uma grande preocupação no passado. Ela destacou também que a dor no joelho, conhecida como tendinite patelar, pode ocorrer tanto em gramados sintéticos quanto em campos de grama natural, especialmente quando o piso é mais duro.

A CBF Está Investigando o Impacto das Lesões

Com o aumento do debate sobre o uso do gramado sintético, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu tomar uma posição mais proativa. A CBF encomendou um estudo detalhado para investigar a relação entre o tipo de gramado e a incidência de lesões no futebol brasileiro. O estudo está sendo conduzido com base em dados fornecidos pelos clubes, que incluem informações sobre o número de lesões, a parte do corpo afetada, o tipo de lesão (traumática ou muscular), e a análise das condições do campo.

A amostragem de dados é importante para ajudar a CBF a entender se, de fato, os jogadores estão se lesionando mais em campos sintéticos do que em campos de grama natural. A expectativa é que a pesquisa traga um panorama mais claro sobre a situação, permitindo que as autoridades do futebol tomem decisões mais informadas no futuro.

Jorge Pagura, presidente da comissão médica da CBF, afirmou que a pesquisa ainda está em andamento e que as conclusões definitivas ainda não foram alcançadas. No entanto, ele destacou que os estudos anteriores realizados no exterior não indicam uma prevalência maior de lesões em gramados sintéticos. A CBF espera que os resultados brasileiros tragam mais evidências para esse debate.

O Que os Jogadores e Técnicos Pensam?

Por mais que a ciência ofereça dados que sugerem que o gramado sintético não é mais perigoso que o natural, a opinião dos jogadores e técnicos ainda tem um peso significativo nessa discussão. Recentemente, um grupo de jogadores veteranos, incluindo Neymar, se manifestou publicamente contra o uso do gramado sintético. Eles não apontaram um aumento específico de lesões, mas expressaram preocupações com o impacto do piso artificial na qualidade do jogo e no desempenho dos atletas.

José Boto, diretor técnico do Flamengo, também se posicionou contra o uso do gramado sintético, embora tenha destacado que sua opinião é baseada na experiência europeia. Na Europa, muitas ligas profissionais proíbem o uso de gramados sintéticos em jogos da primeira divisão, permitindo apenas campos híbridos, que combinam o sintético com a grama natural. Para ele, a diferença na qualidade do jogo e no impacto sobre o corpo dos atletas é muito grande, e a solução poderia ser um meio-termo: o campo híbrido.

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Por Thiago Guedes

Sou Thiago Guedes, Jornalista e Publicitário. Fiz da internet o meu país e nas minhas redes sociais não coloco ninguém em vacilo. Aqui no portal, servimos bem para servirmos sempre! Você confere todas as noticias do Botafogo, os jogos do Botafogo hoje, horário do jogo do Botafogo, classificação e tabela completa atualizada e muito mais!

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