O clássico entre Botafogo e Fluminense, realizado no último sábado (26/4), no Estádio Nilton Santos, não foi apenas mais uma partida do Campeonato Brasileiro. Após a vitória do Botafogo por 2 a 0, quem chamou a atenção não foi um jogador, mas sim o técnico Renato Gaúcho. Em entrevista após o jogo, o treinador do Fluminense criticou duramente o gramado sintético do estádio e reclamou de um possível pênalti em Arias não assinalado pela arbitragem.
Botafogo vence com autoridade, mas polêmicas tomam conta
O Botafogo garantiu os três pontos com uma boa atuação dentro de casa. O time foi mais eficiente e aproveitou as chances que teve, saindo com uma vitória segura por 2 a 0 sobre o rival tricolor.
Mas nem tudo foi comemoração. Mesmo com a vitória alvinegra, a grande repercussão da noite ficou por conta das declarações de Renato Gaúcho, que desviou o foco do jogo e trouxe à tona duas polêmicas: o gramado sintético e um possível pênalti em Jhon Arias.
Renato detona o gramado sintético: "É só para clube ganhar dinheiro"
"Dane-se o jogador", dispara Renato
Em sua coletiva, o técnico não economizou palavras. Para ele, a presença de gramados sintéticos nos estádios brasileiros tem apenas um objetivo: gerar lucro aos clubes. Segundo Renato, o futebol fica prejudicado e, pior, a saúde dos atletas fica em risco.
“A grama sintética é ruim pra todo mundo. O jogador não consegue desenvolver o futebol dele normalmente. É só para o clube ganhar dinheiro. Dane-se o jogador.”
Renato foi além. Questionou o motivo de clubes investirem em jogadores milionários e, ao mesmo tempo, exporem esses atletas ao risco de lesões em gramados que, segundo ele, são perigosos.
“Você paga 10, 15 milhões num jogador, e ele estoura o joelho ou o tornozelo jogando numa grama dessas.”
A polêmica do pênalti: Fluminense se sente prejudicado
Lance de Gregore em Arias causa debate
Outro ponto levantado por Renato foi um possível pênalti não marcado em Jhon Arias, já nos acréscimos do segundo tempo, quando o jogo ainda estava 1 a 0 para o Botafogo. Segundo ele, o Fluminense foi prejudicado pela arbitragem.
O árbitro Bruno Arleu de Araújo mandou o jogo seguir, e o VAR não viu motivo para intervenção. A decisão foi respaldada por Paulo César Oliveira, ex-árbitro e comentarista de arbitragem do SporTV.
“Houve contato, sim, mas foi mínimo. Arias dá um salto. O árbitro estava bem posicionado e acertou.”
Análise técnica do lance
De acordo com PC Oliveira, o toque de Gregore em Arias não teve força suficiente para ser pênalti. Ele ressaltou que o movimento do jogador do Fluminense pareceu mais teatral do que uma reação a uma falta real.
“O braço de Gregore não faz uma carga. Arias sente o contato e salta. Não vejo falta.”
