Um torcedor do Botafogo foi brutalmente agredido por integrantes de uma torcida organizada do Fluminense, na tarde do último domingo, dia do clássico entre os dois clubes no estádio do Maracanã onde o Botafogo venceu por 1 a 0. A briga ocorreu em um estabelecimento no bairro de Morro Agudo, Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
Os comerciantes e moradores ficaram assustados com tamanha violência. O jornal O Globo entrevistou algumas pessoas que presenciaram a ação.
Torcedor do Botafogo é agredido
Vânia Araújo, de 63 anos, trabalha há 20 anos na região e classificou a briga como "assustadora". Segundo ela, o grupo do Fluminense encurralou o rapaz e o agrediu com socos, chutes e ferros. Ela ainda teve mercadorias e acessórios da loja danificados.
"Foi tudo muito assustador. Ele ficou muito machucado, juntou muita gente e tiraram muito sangue dele. Eu fiquei preocupada de o menino morrer dentro da loja. Além disso, jogaram as minhas mercadorias no chão, algumas bolsas ficaram sujas de sangue e ainda levaram os ferros da loja", disse ela, completando:
"Eu estava sozinha na loja, quando ele entrou, já entrou um 'montão' atrás dele. Bateram muito nele, muito. O que tinha na frente como o ferro, madeira, eles foram arrancando e agredindo o menino. Lá tem duas saídas, quando ele tentou sair pelo outro lado, ele caiu por cima de mim", finalizou.
Vídeo da ação
Um vídeo que circula nas redes sociais (clique aqui para assistir) mostra o momento em que o rapaz é agredido. Em seguida, há uma correria dos torcedores que cantam o grito da torcida organizada do Flu. Segundo Shanson Araújo, que é filho da comerciante Vânia, o torcedor do Botafogo saiu da estação de trem correndo e entrou no primeiro lugar que encontrou, que era a loja da mãe dele. Porém, os agressores entraram e o agrediram.
A Polícia Militar emitiu uma nota informando que houve acionamento para a ação e que o setor de inteligência do Batalhão Especializado de Policiamento em Estádios (BEPE) já está em posse das imagens a fim de auxiliar na identificação dos envolvidos no caso.
